O líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), tem sobre a mesa de seu gabinete uma lista de papel com as metas da gestão de Jair Bolsonaro (PL). O documento tem como título "Ministério da Economia", mas conta 25 itens que envolvem temas da alçada de Paulo Guedes até a chamada pauta de costume do bolsonarismo. Entre os temas considerados cumpridos, estão a independência do Banco Central, o marco legal do gás natural e a privatização da Eletrobras.
Na parte do que empacou, as reformas estruturantes do sistema tributário e administrativo, além de privatizações, que se resumiu à Eletrobras e aos Correios —essa última, travada pelo Senado.
Do total de 25 itens da lista de Barros, cerca de metade deles deles ainda aparecem sem riscos, ou seja, metas ainda não atingidas. Doze constam como cumpridos. Barros diz considerar o desempenho excelente.
Apesar de ainda ter um ano para o fim do mandato de Jair Bolsonaro, 2022 é mais curto por ser ano eleitoral. Ao menos um dos temas, a reforma tributária, aparece com um ‘x’, sendo uma indicação de que já não é contabilizada como objetivo alcançável.
Considerada com chances remotas, a reforma administrativa ainda sobrevive nas anotações de Barros. Há dez dias, em conversa com empresários, Guedes foi cobrado e pediu ajuda para tentar aprovar o texto.
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