O grupo de trabalho que trata de comunicações no governo de transição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai se encontrar nesta sexta-feira (25) com organizações que defendem atualizar a regulação da mídia no Brasil, com foco na "democratização da comunicação".
Participam organizações como Coalizão Direitos na Rede, Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas), Andi (Agência de Notícias dos Direitos da Infância), Centro de Estudos Barão de Itararé, MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra), Diracom (Direito à Comunicação e Democracia), Frente em Defesa da EBC e Amarc.
Elas apresentarão uma carta que enfatiza a universalização do acesso à internet, a regulação das plataformas digitais, o fortalecimento das mídias independentes e periféricas, o enfrentamento à violência contra jornalistas e o fortalecimento da EBC (Empresa Brasil de Comunicação).
"Não é mais possível que a sociedade brasileira fique refém do discurso que visa interditar a
necessidade de democratizar o setor e atualizar sua regulação, quando esta agenda vem sendo
implementada em todo o mundo, inclusive em países liberais", diz trecho da carta que será entregue aos representantes do grupo de trabalho.
"O próximo governo precisa encarar este tema como estratégico para a tarefa de superação do fascismo e reconstrução do país. Mais do que apenas uma agenda setorial, democratizar e modernizar as comunicações é condição para evitar o ascenso de movimentos autoritários que ameaçam a democracia e as políticas sociais em nosso país", completa.
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