A divisão brasileira do grupo Lola (sigla em inglês para Aliança das Mulheres pela Liberdade) manifestou repúdio ao projeto de lei do Antiaborto por Estupro. Presente em diversos países, a entidade defende temas de interesse das mulheres sob uma perspectiva liberal.
"Este projeto representa um grave retrocesso para os direitos reprodutivos e a liberdade individual das mulheres brasileiras, ignorando contextos de extrema vulnerabilidade e sofrimento das nossas crianças e adolescentes", diz Izabela Patriota, diretora de Relações Internacionais do Lola Brasil.
Segundo ela, "forçar uma mulher a continuar uma gravidez resultante de violência sexual é uma violação dos direitos humanos básicos".
"Em um país onde a maioria das vítimas de estupro são meninas de até 13 anos, muitas abusadas por familiares, o reconhecimento e proteção da vida já formada da mulher deve ser prioritário. Penalizar essas vítimas é, na prática, uma dupla punição: uma por terem sido violentadas e outra por serem criminalizadas ao buscarem exercer seu direito à escolha", acrescentou.
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