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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Importação de maconha medicinal cresce no Brasil e atrai investidor

Segundo a Anvisa, bateu em 70% o avanço das autorizações para importação em 2018

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São Paulo

O recente crescimento do mercado de maconha medicinal no Brasil colocou o país no radar de investidores estrangeiros. Bateu em 70% o avanço das autorizações dadas pela Anvisa para importar o produto em 2018, na comparação com 2017.

No ano passado, foram 2.371 novos pedidos e 1.242 revalidações solicitadas. Só no primeiro trimestre, a agência permitiu que 885 brasileiros passassem a importar canabidiol. A autorização precisa ser refeita anualmente.

Barulho Na última semana, o mercado brasileiro chegou a ser citado no Marijuana Business Daily, publicação seguida de perto por investidores.

Limitação O número de renovações de licença é mais baixo do que os pedidos de liberações: foram 429 de janeiro a março de 2019. Para Caio Abreu, diretor da Entourage, empresa do setor, o alto custo do tratamento com maconha medicinal é um dos motivos para a baixa renovação.

Adaptação Com a dificuldade de bancar o tratamento, parte significativa dos pacientes usa doses mais baixas do que deveriam para estender a duração dos frascos de canabidiol. Há também quem acabe obtendo a medicação por vias ilegais, afirma Abreu.

Lição de casa O Grupo FarmaBrasil, associação que reúne grandes nomes da indústria como Aché, EMS e Eurofarma, diz que levou a uma reunião com o governo de São Paulo nos últimos dias a proposta de fazer do estado um polo do setor no eixo São Paulo-Campinas, aproveitando as rodovias e a articulação com universidades. 

O que eu quero... “Ninguém está pedindo subsídio nem modificação nenhuma de estruturas financeiras. O que interessa é ter regulação que dê segurança jurídica e olhe em 20 anos, infraestrutura de energia, água, transportes, aduaneira”, afirma Reginaldo Arcuri, presidente do FarmaBrasil. 

...é sossego O governo de São Paulo tem sinalizado às farmacêuticas a possibilidade de equiparar sua tributação com a de outros estados que cobram menos. 

Grana O Ministério da Ciência e Tecnologia pode destravar recursos do Fust, fundo criado no governo FHC para universalização de serviços de telecomunicações.

Foco A pasta pode apresentar ao Congresso um projeto de lei que determina, enfim, que o Fust seja usado para a finalidade original e que sirva à expansão da banda larga. 

Costura O texto é do conselheiro da Anatel Aníbal Diniz. Na prática, hoje o dinheiro do fundo vai para os cofres públicos. A arrecadação supera R$ 20,8 bilhões desde 2001.

Esforço Dentro do Ministério, o projeto é visto com bons olhos. A redação recebeu palpites de ONGs e de operadoras.

Pleito A Anatel e o ministério também querem acelerar a aprovação do PL 79 neste ano. Desejado pelas operadoras, ele altera a Lei Geral das Telecomunicações, de 1997.


PROSA

“Se até o meio deste ano a discussão continuar como está, com essa ‘quebração’ de cabeça, e o governo seguir dando desconto antes de o cliente pedir, será hora de pisar no freio"

Antonio Setin, dono da incorporadora Setin
Antonio Setin, dono da incorporadora Setin - Danilo Verpa/Folhapress

Antonio Setin
presidente da incorporadora Setin, sobre o limite da confiança de empresários

Com Igor Utsumi e Paula Soprana
 

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