O Ministério Público Federal no Espírito Santo denunciou o presidente da Kia Motors do Brasil, José Luiz Gandini, o diretor administrativo, Edison Ruy, e outras cinco pessoas sob acusação de crimes de formação de quadrilha e uso de documento público falso.
De acordo com a procuradoria, o grupo emitiu três escrituras públicas falsas de imóveis que foram incorporados ao patrimônio da Kia em agosto de 2010.
Procurado, Gandini afirma que está no exterior e não tem informações sobre o assunto.
"Eu não tenho essas fazendas. Nunca tive. Estou enviando nossos advogados para o Espírito Santo para entender o que está acontecendo. É um grande equívoco", disse Gandini à coluna.
A denúncia foi recebida pela Justiça Federal em 8 de abril, segundo o MPF.
Segundo o MPF, os imóveis inexistentes estariam localizados no Piauí e eram chamadas de Fazenda Curral, Boa Esperança e Bezerra. Juntas, elas valeriam R$ 300 milhões, calcula o órgão.
A investigação apontou que nos anos de 2010, 2011 e 2012 documentos falsos teriam sido usados na Receita Federal e na Procuradoria da Fazenda Nacional, em Vitória, para obter benefícios tributários ilícitos para a Kia.
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