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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Multinacionais confirmam otimismo no Brasil no 1º trimestre a analistas

Brasil foi citado de forma positiva em 75% das conferências de resultados analisadas

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São Paulo

A despeito da frustração generalizada com indicadores econômicos no início do ano, os primeiros balanços de multinacionais estrangeiras mostram animação com os negócios no Brasil.

A maioria das companhias que já divulgou os resultados do primeiro trimestre diz que está otimista ou registrou crescimento no país.

A coluna analisou 28 conferências de resultados que citaram o mercado brasileiro com alguma ênfase. Em 75% dos casos o tom era positivo.

Operadoras da NYSE, bolsa de valores dos EUA, com telão de ações ao fundo
Levantamento feito pela coluna analisou 28 conferências de resultados que citaram o Brasil com alguma ênfase —na maioria deles, o tom era positivo - Reuters

Visão Dirk Van de Put, presidente da Mondelez, disse que “o Brasil está melhorando. Não está totalmente estável, há incertezas macroeconômicas ali. Mas, de modo geral, os negócios voltaram a crescer.”

Bom Entre as empresas que mencionaram o país positivamente estão Avon, Volkswagen, Unilever e Mastercard.

Ruim Algumas estão mais pessimistas, caso da Schindler, de elevadores e infraestrutura. “O humor no Brasil definitivamente piorou. Acho que teremos outro ano muito, muito desafiador”, disse o presidente Thomas Oetterli.

Feroz Entre as críticas ao Brasil, uma empresa chamou a atenção: a mineradora americana Cleveland-Cliffs, que tem o brasileiro Lourenço Gonçalves como CEO.

Lama Conhecido nos EUA por chamar um analista de “vergonha para seus pais”, Lourenço diz agora que o Brasil se tornou “um fornecedor não confiável de minério de ferro” após Brumadinho. Em entrevista à rede CNBC em outubro, afirmou que sua acidez dá notoriedade à empresa.

Retrato de Lourenço Gonçalves, diretor-executivo da mineradora Cleveland-Cliffs
Lourenço Gonçalves, diretor-executivo da mineradora Cleveland-Cliffs - Divulgação

“É uma época conhecida como ‘campeonato brasileiro-australiano de estupidez’
Lourenço Gonçalves
diretor-executivo da Cleveland-Cliffs, sobre esforço de mineradoras dos dois países para reduzir custos


PlanosO governo paulista deve anunciar até o final do mês dez polos econômicos setoriais no estado. A secretária de Desenvolvimento Econômico, Patrícia Ellen, apresentou as propostas em reunião na sexta (3) a João Doria e a secretários.

Rota Os setores farmacêutico, automotivo, químico, calçadista e tecnológico já têm estudos avançados. O que o governo quer é atrair investimentos para as regiões e elevar estatísticas de emprego concedendo benefícios fiscais e regulatórios a empresas.

Startups A consulta pública que trata do marco legal das startups estava prevista para a última terça (30), mas atrasou. Causou desconforto no setor. A expectativa era que governo e empresários pudessem debater a minuta do projeto em evento da consultoria Albright em São Paulo na quinta (2). 

Calma Caio Megale, secretário no Ministério da Economia, diz que o governo faz ajustes finais na redação 
incentivo. Na ocasião, Rodrigo Afonso, presidente do Dínamo, grupo que reúne startups e tem forte atuação, levantou opinião dissonante. Para ele, startups que vierem a receber incentivos a partir da nova lei não devem distribuir lucro entre os sócios. “Se a empresa pode fazer isso não precisa mais do governo.”

Jardim Antes do Dia das Mães, o GPA eleva em 300% o volume de compras de flores em seu centro de distribuição em Holambra (SP). A companhia prevê neste ano alta de 8% no faturamento nos itens de jardinagem, ante igual período de 2018. As espécies mais vendidas nas lojas Extra e Pão de Açúcar são orquídeas, tulipas e violetas.

Calculadora A dívida ativa da União cresceu de R$ 1,8 trilhão em 2016 para R$ 2,2 trilhões em 2019, e apenas 2% disso é recuperado. O dado é de uma pesquisa realizada pelo pesquisador Aristóteles Camara, do núcleo de estudos fiscais da FGV Direito-SP, e servirá de insumo para debater a reforma na lei de execução fiscal na Fiesp em 30 de maio. 

com Igor Utsumi, Paula Soprana e Filipe Oliveira

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