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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Aquecimento global ameaça produto da gastronomia japonesa

Cultivo da alga do sushi é prejudicado por aumento de temperatura das águas

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Maré baixa A ameaça do aquecimento global sobre o suprimento de alimentos chegou à gastronomia japonesa. A produção de algas marinhas usadas para fazer as folhas secas de nori, camada fina que envolve sushis e temakis, vem diminuindo nos últimos anos no Japão por causa do aumento da temperatura dos oceanos. O caso do nori tem um agravante: políticas ambientais para despoluir as águas reduzem a concentração de nutrientes essenciais para a alga, como fósforo e nitrogênio. 

Produção de alga usada para fazer nori é ameaçada por mudanças climáticas - Keiny Andrade/Folhapress

Sem fome Nos últimos 20 anos, a produção anual de nori no Japão caiu de cerca de 10,5 bilhões de folhas para pouco mais de 6 bilhões, segundo o Financial Times. Na cidade de Futtsu, o número de produtores de algas caiu de cem em 2015 para 73 no ano passado. 

Receita As chamadas macroalgas, como as que originam o nori, são valiosas para a indústria de alimentos, que com elas fabrica sorvete, cerveja, chocolate e outros itens, segundo Roberto Derner, professor da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina). 

Onda No Brasil, apesar da extensa costa, as espécies que crescem aqui não têm o mesmo valor comercial das asiáticas, diz Derner. As variedades mais comercializadas preferem regiões de clima frio. 

Clorofila Para além do sushi, o cultivo de algas pode ajudar a reverter as mudanças climáticas, segundo o professor, porque elas são capazes de sequestrar o carbono da atmosfera no processo de fotossíntese. A escala atual de produção, no entanto, ainda não traz os benefícios.

Exportação David Drysdale, chefe da divisão de créditos à exportação da OCDE, se reúne nesta segunda-feira (14) com a CNI para falar sobre modelos de financiamento às exportações pelo mundo. A entidade afirma que está preocupada com as incertezas sobre o financiamento público às vendas externas.

Escanteio O decreto de Bolsonaro que cria o Cadastro Base do Cidadão não pegou de surpresa só quem acompanha de perto a pauta de privacidade. Na CGU, um dos órgãos que terá um representante no comitê de governança dos dados, o texto passou por poucos interessados. 

Leitura Membros do alto escalão, que apenas souberam do decreto pelo Diário Oficial, leram com ressalva.

Partiu O Grupo Verzani & Sandrini, do mercado de segurança e hospitalar, será mantenedor do Cubo, espaço de startups do banco Itaú. 

Estetoscópio Após uma série de aquisições no mercado hospitalar no interior de São Paulo, ainda restou disposição para novos negócios. 

Saúde A rede Notre Dame Intermédica assinou intenção de compra do Grupo São Lucas, de Americana, neste mês. A aquisição da São Francisco Saúde, em Ribeirão Preto, pela Hapvida, espera conclusão no Cade nas próximas semanas.

Ambulância Sobrou o Hospital São Paulo, de Ribeirão Preto, uma sociedade de quatro médicos que ainda não foi para as mãos de grandes redes. Mas está no radar, de acordo com o diretor da instituição, Omar Féres. “A região está pegando fogo e nós temos interesse em negociar”, ele afirma.

Dupla A Salesforce, empresa de software para relacionamento com clientes, fechou com a Accenture um acordo de três anos que prevê treinamento em conjunto de cerca de mil profissionais para fazer personalização e implantação do sistema da empresa em grandes companhias. 

Batalha Segundo Rodrigo Afonso, diretor da Accenture, a meta é fortalecer seus clientes para que atualizem o atendimento e possam enfrentar startups e fintechs, que vêm oferecendo experiências mais simples para o consumidor. 

Tela O site Reclame Aqui registrou mais de 500 queixas acumuladas nos últimos seis meses sobre a Primetube, uma plataforma de streaming de vídeos por assinatura. As reclamações são, sobretudo, de cobrança indevida e pedidos de cancelamento. Quem cobra o serviço são operadoras de celular via fatura.  

Sem fio O Sinditelebrasil, sindicato das empresas de telefonia, afirma que, em 2018, as companhias fizeram acordo com a Anatel para aprimorar o monitoramento de serviços. “Resultou na redução de reclamações recebidas nos canais das companhias”, diz em nota.

Play A Primetube afirma que as cobranças não são indevidas porque a empresa respeita o protocolo de assinatura imposto pelas operadoras.
 

Com Filipe Oliveira e Mariana Grazini. Colaborou Paula Soprana

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