Os acordos divulgados nesta quarta-feira (14) pela J&F e pela JBS nos Estados Unidos com o DOJ (Departamento de Justiça) e a SEC (a CVM americana) foram vistos por quem acompanha os casos como uma saída vitoriosa para as empresas.
Considerando que poderia ter saído dali uma multa muito mais pesada e até a prisão de acionistas, os acordos para pagar mais de US$ 150 milhões podem ter sido um alívio, e ainda abrem uma fresta para a retomada do debate sobre o velho sonho dos irmãos Joesley e Wesley Batista de listar a empresa na Bolsa de Nova York.
A JBS divulgou comunicado nesta quarta (14) sobre os acordos firmados por ela e pela sua controladora J&F para encerrar investigações nos Estados Unidos.
No caso da J&F Investimentos , o tratado foi feito com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos com valor de US$ 256 milhões por violações de leis relacionadas à prática de corrupção americanas.
Segundo a companhia, o acordo tem relação com os mesmos fatos que foram objeto da leniência celebrada entre a J&F e o Ministério Público Federal e os acordos de colaboração entre os empresários Wesley Batista e Joesley Batista com a Procuradoria Geral da República.
A J&F recebeu crédito de 50% do valor em decorrência do que foi pago às autoridades brasileiras e, por isso, deverá desembolsar US$ 128 milhões. A JBS, que é subsidiária da J&F, diz que não é parte nesse acordo e, portando, não arcará com a obrigação.
A JBS também anunciou o fechamento de outro acordo, de US$ 27 milhões, desta vez com a SEC (Securities and Exchange Commission, por falhas nos controles contábeis da Pilgrim's Pride Corporation.
Com Filipe Oliveira e Mariana Grazini
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