A criação de uma nova agência reguladora, a Anacom (Agência Nacional de Comunicações), para substituir a Anatel, prevista no projeto de privatização dos Correios levado a Bolsonaro nesta quarta (14), foi vista por especialistas que atuariam na mudança apenas como uma reedição do processo de privatização das teles nos anos 1990.
Existe um consenso de que seria trabalhoso porque se trata de um setor com características específicas e que também está passando por transformações digitais, assim como a telecomunicação. Mas a figura do regulador único das áreas de telecomunicação e postal já existe em outros países, como a também Anacom, de Portugal, e a Ofcom, do Reino Unido.
Além de induzir a competição, como no mercado de telecom que partiu do monopólio Telebrás, esse novo regulador assumiria uma posição de fiador da performance da privatização, porque ele iria colocar as regras e fiscalizar para evitar retrocesso na prestação do serviço postal e para que o atendimento continue onde já está e possa se expandir na universalização.
Com Filipe Oliveira e Mariana Grazini
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