Um projeto de lei que abre caminho para empresas e pessoas com baixo consumo escolherem seus fornecedores de energia no mercado livre está parado há oito meses no Senado. Sua tramitação foi interrompida logo após a aprovação da proposta pela Comissão de Infraestrutura da Casa.
A comissão aprovou a medida em caráter terminativo e determinou que fosse enviada diretamente à Câmara dos Deputados, mas um recurso do senador Jean Paul Prates (PT-RN), pedindo que fosse votada em plenário, impediu que isso ocorresse. Sem relator designado para encaminhar a discussão, o projeto ficou parado.
Para representantes das empresas, como Reginaldo Medeiros, presidente da associação das comercializadoras de energia, o projeto moderniza o setor e pode reduzir o valor das contas de luz para os consumidores, ao criar maior competição no mercado.
Prates diz que o projeto não pode avançar sem discussão mais ampla no Senado. Ele vê risco de que, com a mudança, consumidores de maior renda migrem para o mercado livre e a conta de luz aumente para os mais pobres.
Ricardo Balthazar (interino), com Filipe Oliveira e Mariana Grazini
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