Dirigentes da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo) expressaram desconforto com a solução proposta pelo governo estadual para preservar o orçamento da entidade no próximo ano de um corte de 30%, previsto por um mecanismo de desvinculação de receitas aprovado pela Assembleia Legislativa nesta quinta (17).
O governo comunicou à fundação que os recursos serão garantidos por decretos que o governador João Doria (PSDB) assinará para realocar o dinheiro durante o ano. "Para manter nossa autonomia, o ideal seria não depender de decretos", disse a geneticista Mayana Zatz, do conselho superior da Fapesp.
O planejamento da instituição para concessão de auxílios e bolsas de pesquisa no ano que vem foi feito sem considerar a possibilidade de cortes, com base nas garantias oferecidas pelos representantes do governador.
Na terça (15), os conselheiros da Fapesp se reuniram com o vice-governador paulista, Rodrigo Garcia, e a secretária de Desenvolvimento Econômico, Patrícia Ellen, que prometeram assegurar o orçamento da entidade. "Ficamos conformados, mas só ficaríamos sossegados com a retirada da desvinculação", disse Zatz.
Para o governo, o dispositivo inserido na lei garante que os recursos da Fapesp serão preservados.
Ricardo Balthazar (interino), com Filipe Oliveira e Mariana Grazini
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