O Procon-SP pediu explicações à Serasa sobre o seu possível envolvimento com o vazamento dos dados pessoais de mais de 220 milhões de brasileiros. O incidente foi descoberto pelo dfndr lab, laboratório de cibersegurança da Psafe, na semana passada.
O órgão quer saber se o birô de crédito confirma o vazamento e quais motivos podem ter causado o problema. Também pergunta quais medidas estão sendo tomadas pela Serasa para reparar os danos e evitar que a falha aconteça novamente.
O megavazamento expôs informações como número de CPF, data de nascimento, nome completo e pode incluir dados de pessoas que já morreram.
Segundo Fernando Capez, diretor do Procon-SP, as multas previstas na LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) podem chegar a R$ 50 milhões e ser aplicadas a partir de agosto, mas o órgão pode aplicar penalidades baseadas no código de defesa do consumidor.
Procurada, a Serasa diz que assume compromisso de proteger a privacidade dos dados de consumidores. "Tem havido notícias na mídia que um hacker está oferecendo ilegalmente dados sobre cidadãos brasileiros na web, alguns dos quais alega-se estarem relacionados à Serasa", diz a empresa em nota.
Também afirma que suas investigações mostram discrepâncias entre as alegações e os dados em seus arquivos e que iniciou outra análise.
com Filipe Oliveira e Mariana Grazini
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