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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Restaurantes podem não respeitar fechamento aos finais de semana em SP, diz setor

Empresários afirmam que situação financeira crítica deve levar proprietários a enfrentar risco de desrespeitar medidas do governo estadual

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São Paulo

Donos de restaurantes de São Paulo afirmaram em enquete do setor que vão manter negócios abertos aos finais de semana, apesar das restrições definidas pelo governo de SP. De 135 empresários contrários as ações do governo, de um total de 163 participantes, 70% afirmaram que não irão respeitá-las.

Edrey Momo, das pizzarias 1900, diz que, levando em conta suas conversas com outros empresários, há muita chance de as regras serem desobedecidas. "É um risco para o restaurante, mas Tem gente que entende que, se não fizer isso, vai quebrar de qualquer jeito."

Fernando Blower, diretor da ANR (associação do setor), diz que a desobediência pode ocorrer por desespero, e não por descaso com a lei. O dirigente afirma que a situação do setor é crítica, por falta de linhas de crédito emergenciais, fim da possibilidade de suspender contratos e a falta da opção de parcelar o pagamento de impostos.

Os empresários também afirmam seguir os protocolos de segurança e que estão sendo penalizados por um agravamento da pandemia que aconteceu por causa de aglomerações em reuniões privadas ou festas clandestinas.

Após avaliar como positivo o protesto realizado neste sábado (23) nos arredores do Palácio dos Bandeirantes, o setor articula nova manifestação para a próxima quarta-feira (27). O local ainda não foi definido.

O Governo de São Paulo afirma que mantém canal aberto com todos os setores da economia e representantes de associações. Até o momento, liberou no total R$ 720 milhões de crédito subsidiados pelo Banco do Povo, Sebrae e Desenvolve SP para auxiliar empreendedores a atravessarem a crise e a alavancar seus negócios durante a pandemia do coronavírus.

A administração paulista diz que a decisão de permitir apenas atividades essenciais após as 20h e até as 6h em dias úteis, e integralmente nos finais de semana, foi adotada após recomendação do Centro de Contingência do coronavírus, com o objetivo de evitar aglomerações e a disseminação da doença.

Filipe Oliveira (interino), com Mariana Grazini e Arthur Cagliari

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