As trocas de ministérios e as renúncias nas Forças Armadas são vistas por diretores de grandes empresas como um ingrediente que precisa ser colocado no contexto de crises econômica e sanitária.
Segundo o diretor de uma multinacional cético com a realidade brasileira, ou o governo se reinventa ou não tem reeleição.
Para ele, a análise sobre a dança das cadeiras desta semana vai além do sinal de força do centrão sobre Bolsonaro e da tensão dos militares, porque o pano de fundo é a escalada brutal da pandemia, cuja responsabilidade ninguém quer assumir, somada a taxa de juros, inflação e desemprego, com Lula no horizonte de 2022.
O executivo afirma que a visibilidade da liderança do ministro Paulo Guedes sumiu, e, daqui a pouco, ninguém mais arruma essa casa.
Nesta terça (30), o Ipea revisou de 4% para 3% as projeções de crescimento do PIB em 2021, e ainda estamos no primeiro trimestre.
Enquanto isso, presidentes de grandes e pequenas empresas brasileiras estão esperando a reedição do programa de manutenção do emprego, para poder suspender contratos, cortar jornadas e salários.
Diante de tanta notícia nesta semana, um grupo de representantes do empresariado com bom trânsito no governo Bolsonaro resolveu esperar até segunda-feira (5) para voltar a se reunir e começar a organizar uma nova mensagem na tentativa de mostrar sua insatisfação.
Com Filipe Oliveira e Andressa Motter
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