A Abraceel (Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia) levou ao ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, uma proposta para flexibilizar o critério de entrada no mercado livre de energia durante a crise hídrica como forma de estimular redução de consumo.
Pela proposta, os consumidores que estão abaixo da faixa de consumo exigida para entrar no mercado livre poderia acessá-lo, desde que assumissem o compromisso de reduzir 20% do seu consumo médio ou do seu pico de demanda nos próximos meses.
Hoje, para entrar no mercado livre, o consumidor, de alta tensão, deve ter demanda igual ou superior a 500 kW.
Segundo a entidade, o projeto, que alcançaria indústrias e comércios de médio porte, seria vantajoso para as empresas, que pagariam em média 30% menos pela energia.
“É uma medida que o mercado mesmo resolve, sem taxar com imposto ou pagar mais, e tem um benefício para o consumidor, que é a redução do seu custo”, diz o vice-presidente de energia da Abraceel, Frederico Rodrigues.
O objetivo é poupar energia suficiente para abastecer mais de cinco milhões de residências, segundo a entidade. Para alcançá-lo, cerca de 50 mil unidades consumidoras que pagam conta de energia elétrica de, pelo menos, R$ 10 mil por mês, teriam que aderir ao projeto.
Segundo Rodrigues, a medida só dependeria de uma portaria do Ministério de Minas e Energia. Se adotada imediatamente, a solução geraria resultados dentro de um ou dois meses, afirma ele.
com Mariana Grazini e Andressa Motter
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