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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Descrição de chapéu mercado de trabalho

Unilever, Bayer, Dasa, GPA e outras gigantes questionam LinkedIn

Rede social derrubou anúncio que dava preferência a candidatos negros e indígenas

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São Paulo

Cresceu a pressão das empresas sobre o LinkedIn por causa da suspensão do anúncio de vaga para profissionais negros e indígenas pela plataforma.

A Iniciativa Empresarial pela Igualdade Racial, um movimento de grandes companhias para combater o racismo no ambiente corporativo, já havia se posicionado em nome da entidade contra a medida da rede social na quinta (24). Mas nesta sexta (25), o documento ganhou peso com a assinatura de mais de 40 gigantes como Grupo Pão de Açúcar, AbbVie, Ambev, Bayer, Dasa, Magalu, Santander e Unilever.

LinkedIn Corporation, na Califórnia, - Robert Galbraith -25.fev.21/REUTERS

No texto, a Iniciativa afirma que muitas das empresas utilizam o LinkedIn como ferramenta de recrutamento e que a suspensão de anúncio pela plataforma pode gerar um enorme retrocesso no país e prejuízo a milhares de profissionais negros.

"O Linkedin empreendeu publicamente uma série de ações buscando promover a diversidade racial, inclusive internamente, buscando produtores de conteúdos especificamente negros, obviamente uma ação afirmativa. Portanto, qual o motivo da mudança de direcionamento?", questiona o texto da Iniciativa.

O Grupo Pão de Açúcar afirma que valoriza as ações afirmativas como políticas de inclusão e promoção da diversidade.

"Temos como exemplos, programas de desenvolvimento específicos para colaboradores negros e mulheres, assim com o programa de estágio exclusivo para negros e negras, lançado em 2021", diz, ao Painel S.A..

A Unilever diz que o LinkedIn é uma importante plataforma de acesso a oportunidades de trabalho e às próprias ações afirmativas da empresa, que considera fundamentais para combater o racismo estrutural e não deixar a população negra para trás.

"Acreditamos ser essencial dialogar com a plataforma para a construção de uma solução", afirma a Unilever à coluna.

Procon e Ministério Público Federal também já encaminharam ofícios ao LinkedIn, após reportagem da Folha mostrar que a plataforma derrubou uma vaga para coordenação administrativa e financeira publicada pelo Laut (Centro de Análise da Liberdade e do Autoritarismo), que priorizava pessoas negras e indígenas no seu processo seletivo.

Joana Cunha com Andressa Motter e Ana Paula Branco

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