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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Descrição de chapéu Eleições 2022 indústria

Grandes empresários ainda falam em terceira via após Datafolha

Avaliação é que cenário ainda pode mudar nos próximos meses

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São Paulo

Diante do resultado da nova pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta (24), que aponta Lula com 43% e Bolsonaro com 26% de intenções de voto na disputa para a Presidência, grandes empresários ainda falam em terceira via.

Para Horácio Lafer Piva, que tem insistido na necessidade de se fortalecer um novo nome para urnas, ainda é cedo para avaliar e o cenário pode mudar.

LULA X BOLSONARO
O candidato à Presidência Luiz Inacio Lula da Silva (PT) e o à reeleição Jair Bolsonaro (PL) - Ricardo Stuckert e Evaristo Sa/ AFP

"O Datafolha é a pesquisa mais confiável, mas nem ela nem ninguém ainda capta o voto da enorme maioria de eleitores, mais preocupados com seu dia a dia. Há uma indicação, mas parte dos votos nos polos contém eleitores não convencidos de suas preferências. É hora de combater a ansiedade e apostar no debate por vir e na democracia", diz Lafer Piva.

O jogo ainda está começando, na opinião de Antonio Carlos Pipponzi, presidente do conselho da RaiaDrogasil. "Um terço dos eleitores busca uma terceira via e parte dos que estão declinando intenções de voto neste momento poderá escolher um novo caminho que possa vir a ser construído por uma frente ampla alternativa", diz o empresário.

Laércio Cosentino, presidente do conselho da Totvs, também acha que as pesquisas ainda não trazem o que pode acontecer lá na frente. "Temos de ver as pesquisas para ir balizando, mas enquanto não tivermos definição dos candidatos e alianças, são apenas números. Eu preferia que houvesse mais competição e não só um quase plebiscito", diz Cosentino.

O banqueiro Ricardo Lacerda, do BR Partners, vê um horizonte diferente. "A pesquisa mostra a consolidação da tendência de polarização entre Bolsonaro e Lula e baixa probabilidade da terceira via. A partir de agora o mercado deve focar na probabilidade da eleição ser definida no primeiro turno", afirma Lacerda.

O investidor Lawrence Pih, que foi um dos primeiros empresários a apoiar o PT na década de 1980 e também um dos primeiros a criticar o governo Dilma Rousseff publicamente três décadas depois, também pondera que as pesquisas refletem o momento.

"Até este momento, Lula é favorito apesar do massivo esforço do Bolsonaro em seduzir eleitores com medidas eleitoreiras e populistas. Alckmin é um importante ativo para Lula, e a guinada para o centro, distanciando da esquerda mais radical do PT, é um bom sinal de um eventual governo moderado e em linha com o pensamento da grande maioria do nosso povo", diz.

Joana Cunha com Andressa Motter e Ana Paula Branco

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