A Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes), que reúne mais de 11 mil estabelecimentos no país, defendeu Afrânio Barreira, dono do Grupo Coco Bambu, que está entre os alvos da ação da Polícia Federal contra empresários bolsonaristas que defenderam um golpe em um grupo do Whatsapp caso Lula (PT) ganhe as eleições.
"Eu conheço o Afrânio e estive com ele várias vezes. Nunca vi uma fala dele nessa direção. É claro que ele é bolsonarista, ele tem proximidade com o presidente. Mas nessa questão de associar ele a golpe, eu, pessoalmente, não prospero", diz Paulo Solmucci, presidente da entidade.
Ele diz que a ação da PF não deve afetar a imagem do setor. "O que saiu na imprensa é muito pouco. O meu conhecimento pessoal do Afrânio é exatamente o contrário. É um cara que sempre valorizou a democracia, as eleições. Penso que não terá nenhum impacto, porque, com a apuração dos fatos, acho que isso vai ficar claro. Essa é minha expectativa", afirma.
A Polícia Federal cumpre na manhã desta terça (23) mandados de busca contra participantes do grupo. O ministro Alexandre de Moraes também autorizou que os empresários sejam ouvidos pela PF.
Em nota divulgada na semana passada, Afrânio Barreira disse que nunca se manifestou a favor de qualquer conduta que não seja institucional e democrática.
"A democracia é a chave para construção de um Brasil melhor. Valorizo, e muito, a oportunidade de conseguir votar e escolher os representantes de nosso povo brasileiro, e todo cidadão deveria ter a consciência da importância deste momento. Valorizo e sempre defenderei um processo eleitoral honesto e justo", afirmou o empresário.
Joana Cunha com Paulo Ricardo Martins e Diego Felix
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