A manutenção da liminar no STF (Supremo Tribunal Federal) que suspende o novo piso da enfermagem foi recebida pelas entidades representantes de instituições de saúde nesta quinta (15) com alívio, mas também ressalvas de preocupação pelo período eleitoral.
Segundo Marcos Ottoni, diretor-jurídico da CNSaúde (confederação que reúne as empresas do setor), a suspensão ajuda a proteger os empregos que estariam ameaçados e vai permitir maior discussão sobre os custos e o impacto da nova lei.
"A única preocupação que a gente tem é por causa do período eleitoral. Então, talvez o parlamento tenha que se reunir de forma extraordinária para poder trabalhar e conseguir o quanto antes essa fonte", afirma Ottoni.
Antonio Britto, diretor-executivo da Anahp (que reúne grandes hospitais da rede particular), diz esperar que o calendário eleitoral não atrapalhe a evolução do tema e que ele seja solucionado no menor prazo possível.
"Se dentro do Congresso tivesse havido a negociação das fontes, a gente não teria tido esse problema todo", diz Britto.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, divulgou nota nesta quinta afirmando que vai convocar uma reunião de líderes imediatamente para apresentar soluções até segunda-feira. "Se preciso for, faremos sessão deliberativa específica para tratar do tema mesmo em período eleitoral. O assunto continua a ser prioritário e o compromisso do Congresso com os profissionais da enfermagem se mantém firme. Espero solução para breve", disse no comunicado.
Joana Cunha com Paulo Ricardo Martins e Diego Felix
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