Levantamento da Fecomercio-RJ, com base em dados da Anac, mostra que os desembarques internacionais no Aeroporto Tom Jobim, o Galeão, aumentaram 543% entre janeiro e setembro deste ano, comparando-se com o mesmo período de 2021. O número passou de 121.386 para 781.480, o que expressa a rápida retomada do turismo e anima o setor de comércio e serviços.
Embora seja o líder, o Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, teve recuperação menos intensa. Nos nove primeiros meses deste ano, foram 3,45 milhões de passageiros chegando ao Brasil por ali, uma alta de 312%. Os terminais paulista e carioca são, respectivamente, os que mais recebem passageiros do exterior, concentrando 81% do fluxo total para o país (5,04 milhões entre janeiro e setembro).
No Galeão, a perspectiva é de mais movimento. A companhia Jet Smart, que opera com voos de baixo custo na América do Sul, inicia em dezembro vôos do aeroporto para Buenos Aires e Santiago. Como sua holding tem empresas que operam nos Estados Unidos e Europa, espera-se que essas aéreas abram novas rotas e destinos num futuro próximo.
A GOL anunciou uma expansão de aproximadamente 40% na oferta de voos na alta temporada que se inicia em 15 de dezembro, com voos para capitais e cidades turísticas brasileiras saindo do Galeão
O presidente da Fecomércio RJ, Antonio Florencio de Queiroz Junior, diz que os números expressam o potencial do Galeão, mesmo com o revés da última concessão.
"Isso mostra que se o novo governo agilizar a nova concessão, colocando conjuntamente Santos Dumont e Galeão para terem uma melhor interação de voos, o Rio tem tudo para deslanchar em número de voos e no hub de turismo", afirma.
A empresa Changi Airport, de Singapura, que ganhou leilão e operava o aeroporto, decidiu devolvê-lo ao governo alegando mau desempenho de economia brasileira a partir de 2014, o que piorou com a pandemia. Com isso, será necessária uma nova licitação.
Julio Wiziack (interino) com Paulo Ricardo Martins e Diego Felix
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