O varejo farmacêutico já tinha começado a reduzir os estoques de testes de Covid no segundo semestre, mas reverteu o movimento a partir de novembro para adequar o abastecimento à nova aceleração da doença.
Com a mudança de rota, o setor deve fechar o ano com o serviço ainda aquecido e postergar as previsões de que esse mercado, que nasceu na pandemia, se estabilizaria em um patamar mais baixo após a superação dos piores momentos da doença.
Conforme os dados da Abrafarma, associação que reúne as grandes redes de drogarias, a média diária de casos está em 6,7 mil em dezembro, ante menos de 3 mil em novembro. Apesar da alta, o nível fica bem abaixo de janeiro, quando se aproximou dos 32 mil na esteira da ômicron.
Pelos números consolidados desde a implementação do serviço, em abril de 2020, as farmácias acabam de ultrapassar os 20 milhões de testes rápidos da Covid.
Dentro do total de testagens, a média do período completo aponta quase 24% com diagnóstico positivo. O índice atual se encontra em patamar mais alto, em torno dos 30%, segundo a Abrafarma.
Importadoras dos testes também se adaptaram à recente oscilação da demanda. A Medlevensohn diz ter registrado crescimento de 1.900% nas vendas nacionais do produto da marca em menos de um mês.
Joana Cunha com Fernanda Brigatti
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