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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Venda de panetones deve crescer 3% em Natal com menos produtos no mercado

Frutas, chocolate e papelão ficaram mais caros, elevando também preço final

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São Paulo

O período festivo de 2023 tem sido de escolhas difíceis para os consumidores.

Sob renda menor e após meses de inflação alta, especialmente dos alimentos, o fim de ano também exigiu mais austeridade com as despesas típicas. A indústria de panetones é uma que sofre as consequências do desaquecimento do consumo, levando a previsões de aumento de vendas comedidas.

A Abimapi (Associação Brasileira da Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos) diz que vê um "cenário de inflação e bolso mais apertado, em que o consumidor deverá fazer escolhas." Pelas previsões da entidade, o volume de vendas no período sazonal, novembro de 2022 a janeiro de 2023, deve crescer 3%.

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Panetones das marcas Biscoitê, Hanami, Albero Dei Gelati, Cacau Vanilla, Jules L’Art du Pain, Utam, Fasano, Lindt e Grand Cru - Gabriel Cabral-08.dez.21/Folhapress

Na Bauducco, a produção para este ano foi de 80 milhões de produtos para distribuição no Brasil e exportação. O volume é o mesmo divulgado pela empresa no Natal de 2021.

Mesmo na Village, que registra alta de 18% nas vendas em relação aos últimos dois anos, o resultado ainda está entre 30% e 35% menor do que no período pré-pandemia. A tendência é de crescimento, diz Sócrates Luiz, da área comercial da Village, mas, junto ao varejo, o setor se vê espremido pela alta de custos em um momento em que o consumidor está também apertado.

Sócrates diz que insumos importantes para a cadeia de produção, como caixas, papelão, frutas, uvas e mesmo chocolates tiveram "aumento exacerbado" de preços. Isso obrigou indústria e varejo a buscarem um equilíbrio delicado para não perder dinheiro e não perder o consumidor.

"O varejo tradicional está com volumes menores e todo mundo está preocupado com rentabilidade, fazer uma boa campanha para não perder dinheiro", diz.

Esses volumes menores, afirma, podem ser vistos nos supermercados. "Não tem enxurrada de produto, aquele monte de ilha e ponto extra, o que traduz o momento de precaução."

Joana Cunha com Fernanda Brigatti

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