O regime de home office virou mais um ponto de dúvida para os funcionários da Americanas em meio à crise provocada pelo escândalo contábil de R$ 20 bilhões na empresa.
Na semana passada, a companhia enviou um comunicado com perguntas e repostas identificadas como alguns dos grandes anseios dos trabalhadores. No documento, a Americanas falava de temas como pagamento de salários e demissões: não descartou cortes e disse que a lei prevê a remuneração normal durante a recuperação judicial. Mas os profissionais seguem na expectativa sobre como vai ficar o trabalho presencial para organizar suas rotinas.
Antes da revelação do escândalo contábil, que foi anunciado junto com a renúncia de Sergio Rial da presidência da Americanas, a diretriz mais esperada era a expansão do retorno presencial. Desde o início da pandemia, quando ainda comandava o Santander,, Rial foi um dos grandes críticos do trabalho remoto. Em 2020, chegou a sugerir uma abdicação voluntária de benefícios ou parte do salário por funcionários que optassem pelo home office, uma vez que gastariam menos tempo e dinheiro para ir à empresa.
Com a saída do executivo, funcionários esperam mudança de rumo no modelo. Alguns sugerem que a empresa poderia alugar andares de escritório para levantar recursos. A Americanas não comenta sobre o assunto.
Joana Cunha com Paulo Ricardo Martins e Diego Felix
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