Ainda não totalmente recuperadas de crises sucessivas, as companhias aéreas têm buscado aumentar a rentabilidade tarifando o que os voos têm de mais básico.
A colombiana Avianca agora cobra US$ 3 (cerca de R$ 15) por uma garrafa de 600 ml de água em viagens internacionais para as Américas.
No principal trecho a partir do Brasil — São Paulo-Bogotá —, são cerca de seis horas sem água ou qualquer outra bebida gratuita.
Isso vale também para Caribe e EUA. A regra se aplica a qualquer categoria de bilhete. Quando se trata dos voos para Madri, Barcelona, Londres e Los Angeles, há serviço de refeição gratuito.
Enquanto os brasileiros ainda não se acostumaram a pagar pela bagagem de porão, a Avianca fixou o preço de R$ 278,26 pela malinha de mão com até dez quilos.
O único volume gratuito é aquele menor, que pode ser colocado sob o assento. Até mesmo o check-in, quando feito no balcão, é pago.
Outras companhias, embora ainda mantenham a oferta de lanches e bebidas, implantaram restrições.
A panamenha Copa Airlines, por exemplo, não oferece mais refeições especiais, como as sem glúten. Quem as desejar precisa comprá-las antes do embarque ou levar de casa.
A Avianca vive um processo de retomada, após um processo de recuperação judicial, iniciado em 2020. Neste ano, contudo, anunciou mais ligações do Brasil, usando a Colômbia como hub para outros destinos.
Até 2019, a Avianca Brasil — que tinha participação dos donos da matriz colombiana, mas operação separada — fazia voos domésticos no Brasil, mas deixou de oferecê-los e entrou em falência.
Consultada, a Copa Airlines diz que desfruta de saúde financeira. Atualmente, retomou 80 destinos em 33 países das Américas. Sobre as refeições, disse servir as opções Kosher, vegetariana e sem glúten em voos de mais de 2 horas de duração e em classe executiva. A Avianca não respondeu.
Com Diego Felix
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