O "ChatGPT dos hospitais" da healthtec brasileira Munai receberá investimentos da Fundação Bill & Melinda Gates nos próximos três meses. Caso seja comprovada sua capacidade de "escala", o aporte inicial de US$ 85 mil pode não ter mais limites.
Criada pelo fundador da Microsoft, a entidade é conhecida internacionalmente pelas doações a projetos de relevância na área de saúde. Na quarta (9), foi divulgada a lista com 51 projetos de startups que desenvolvem ferramentas de "impacto social".
A Munai, healthtech de Curitiba (PR), foi uma das escolhidas. A companhia trabalha, desde o início do ano, no desenvolvimento de uma assistente virtual que automatiza protocolos hospitalares e serve de apoio para o auxílio de médicos.
O robô, o mesmo utilizado pela OpenAI com o ChatGPT, reúne uma base de dados com informações de 29 hospitais brasileiros —entre eles o Hospital das Clínicas de São Paulo. São mais de 15 milhões de atendimentos médicos e 6 milhões de pacientes registrados no sistema.
"Temos uma oportunidade de escala para o cenário internacional, para outras economias em desenvolvimento. A gente sabe que dinheiro não é um problema para a Fundação Gates. Então, se for uma solução que eles veem grande impacto, existe uma possibilidade de aumentar o aporte", diz Cristian Rocha, um dos sócios da Munai.
Em outubro, será realizada uma nova avaliação dos primeiros resultados. Se o projeto passar, haverá uma segunda rodada de investimento para "dar escala" à ferramenta.
Com Diego Felix
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