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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Descrição de chapéu pirataria América Latina

Contrabando no Brasil movimentou 4% do PIB

Levantamento mostra que brasileiros compram o dobro do que os vizinhos da América Latina em artigos comercializados ilegalmente

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Brasília

O comércio ilegal de mercadorias causou perdas de R$ 410 bilhões ao país no ano passado, número que cresceu 34% em relação a 2021 em boa parte devido à perda de poder aquisitivo do brasileiro.

O valor contempla o que o comércio deixou de vender no período (R$ 280,8 bilhões) e os impostos que não foram arrecadados (R$ 129,1 bilhões).

Receita Federal apreende milhares de cigarros eletrônicos contrabandeados na região central de São Paulo
Receita Federal apreende milhares de cigarros eletrônicos contrabandeados na região central de São Paulo - Divulgação/Receita Federal

É o que mostra o levantamento do Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade (FNCP), que será divulgado nesta quarta (2).

Os dados indicam ainda que o Brasil extrapolou a média registrada em outros países da América Latina. Nossos vizinhos, em média, consomem o equivalente a 2% do PIB da região em artigos contrabandeados. Já os brasileiros movimentam 4,1% do PIB.

O ramo de vestuário foi o mais impactado pelo contrabando, com perdas de R$ 84 bilhões. Na sequência, aparecem as bebidas alcoólicas (R$ 72,2 bilhões) e os combustíveis (R$ 29 bilhões). Até defensivos agrícolas (R$ 20,8 bilhões) e pacotes de TV paga (R$ 12 bilhões) foram prejudicados.

"Quem se beneficia são as grandes organizações criminosas que são financiadas pelo contrabando e todos aqueles que operam na ilegalidade, tendo lucros altíssimos, por não pagarem impostos e não respeitarem o consumidor", disse Edson Vismona, Edson Vismona, presidente do FNCP.

OS PRODUTOS MAIS CONTRABANDEADOS

Setores que mais perderam em 2022 com o contrabando no país (em R$ bilhões):

  1. Roupas – 84
  2. Bebidas alcoólicas – 2,2
  3. Combustíveis – 9,9
  4. Higiene pessoal (cosméticos) – 21,0
  5. Defensivos agrícolas – 20,8
  6. TV por assinatura – 12,1
  7. Artigos esportivos – 12,0
  8. Cigarros – 10,5
  9. Óculos – 9,5
  10. Filmes – 4,0
  11. Celulares – 2,3
  12. PCs – 2,0
  13. Brinquedos – 0,8
  14. Perfumes importados – 0,6

Fonte: FNCP

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