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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Ex-presidente da Anac pede que governo desista de restrições no Santos Dumont

José Ricardo Botelho, que presidente associação que representa 80% do mercado aéreo da América Latina, afirma que decisão fere livre concorrência

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São Paulo

O ex-presidente da Anac (Agência Nacional de Aviação) José Ricardo Botelho criticou a decisão do governo Lula de limitar as operações no aeroporto Santos Dumont e pediu que a medida seja revista.

Há duas semanas, o governo editou uma resolução com medidas que irão limitar os voos do aeroporto Santos Dumont, no centro do Rio.

Movimento de passageiros no Santos Dumont, no Rio de Janeiro
Movimento de passageiros no Santos Dumont, no Rio de Janeiro - Eduardo Anizelli - 01.fev.2023/Folhapress

Uma delas valerá em outubro e limitará o total de passageiros no Santos Dumont, com um fluxo anual que não deverá exceder 10 milhões de pessoas. A outra restringirá chegadas e partidas de voos com distâncias de até 400 km em janeiro.

Hoje, Botelho preside a Alta (Associação Latino Americana e do Caribe de Transporte Aéreo), que reúne cerca de 155 empresas da cadeia da aviação e 80% do mercado aéreo na região.

"Limitar o destino, seja por quilômetros de distância ou por nomes de cidades, retira a liberdade de escolha dos passageiros e traz insegurança jurídica para o país, prejudicando a livre concorrência e afastando investimentos", disse Botelho.

Ele afirma que o fluxo de passageiros triplicou nos últimos anos porque o mercado opera com liberdade tarifária e de rotas, princípios assegurados na lei de criação da Anac.

A associação pede que seja feita uma discussão técnica sobre o tema e que a resolução seja revista antes que entrem em vigor.

Botelho também diz reconhecer a necessidade de atrair mais voos para o Rio de Janeiro, mas avalia que isso deve ser feito com respeito ao livre mercado e à segurança jurídica.

Os riscos de demanda e concorrência de infraestrutura, diz ele, "fazem parte dos contratos assumidos durante os processos de concessão de cada interessado".

A ideia do governo com as mudanças é transferir parte das operações do terminal central para o aeroporto internacional Tom Jobim, que enfrenta sérias dificuldades financeiras e opera com 20% de sua capacidade.

Com Diego Felix

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