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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Descrição de chapéu petrobras

Tanure vira sócio de petroleira e mira vácuo deixado pela Odebrecht

Dono da Prio, Nelson Tanure se tornará acionista de referência com planos de exploração de petróleo até na América Latina e África

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São Paulo

O empresário Nelson Tanure, acionista da Prio (ex-PetroRio) e da Light, se tornará sócio relevante da Azevedo & Travassos, grupo de infraestrutura com ações negociadas na Bolsa. Ele participará nesta terça (15) de um anúncio de expansão da empresa no setor de óleo e gás, em São Paulo.

A entrada de Tanure faz parte da estratégia da empresa como consolidadora das chamadas "junior oils" (petroleiras novatas em tradução livre do inglês), companhias independentes de petróleo que ganharam visibilidade no governo Jair Bolsonaro (PL) na esteira da venda de ativos da Petrobras.

Uma das "junior oils", refinaria Landulpho Alves-Mataripe (RLAM), localizada no município de São Francisco do Conde, foi vendida pela Petrobras para grupo árabe - 04.fev.2022-Saulo Cruz/MME

Por força de acordos assinados com o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) na área de óleo e gás, a petroleira estatal teve que se desfazer de empresas e participações em empresas, como refinarias e distribuidoras de gás.

A Azevedo & Travassos é uma empresa centenária e abriu capital nos anos 1980, quando sua subsidiária de petróleo descobriu campos no Polo Potiguar.

Há cerca de dois meses, a companhia anunciou a volta da Azevedo & Travassos Petróleo, buscando um lugar antes ocupado pela Odebrecht.

Um dos planos do grupo é a futura exploração de campos em outros países da América Latina e da África.

Para isso, a empresa contará com Tanure. Ele é acionista da Prio e seu filho, Nelson Queiroz Tanure, preside o conselho de administração.

O otimismo do grupo se deve ao momento do mercado brasileiro. Com a disparada dos preços internacionais do barril de petróleo Brent após a guerra na Ucrânia, petroleiras, como 3R Petroleum e Prio, aumentaram sua lucratividade, o levou muitos analistas a indicá-las como opção de investimento diante das incertezas em relação às políticas da Petrobras.

Um executivo envolvido nas negociações avalia que, mesmo com a paralisação da política de desinvestimento da Petrobras sob Lula 3, há espaço para as "junior oils" devido ao patamar de preço do petróleo. Antes da pandemia, o barril do Brent era cotado a US$ 60 e, atualmente, está acima de US$ 85.

Com Diego Felix e Stéfanie Rigamonti

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