Sete empresas estão, desde o início do ano, sem enviar à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) formulários de referência, demonstrações financeiras e informações trimestrais. Na prática, o silêncio dessas companhias é um obstáculo para a tomada de decisão dos investidores, que não fazem ideia de como está a saúde financeira das empresas.
A Coteminas, que se tornou parceira da Shein no Brasil, não entregou as demonstrações relativas ao exercício de 2022, bem como dos dois primeiros trimestres deste ano.
Nesta terça (26), após postergar a entrega dos documentos por três vezes, a companhia do presidente da Fiesp (Federação das Indústrias de São Paulo), Josué Gomes da Silva, anunciou uma nova data de entrega, agora para 16 de outubro.
Em fato relevante, a companhia de tecidos explicou que a conclusão de auditoria da Springs Global Us, controlada do grupo Coteminas e que também integra a lista de inadimplentes da CVM, precisou de um prazo adicional para ser entregue.
De acordo com a empresa, as informações do primeiro e segundo serão entregues juntamente com as do terceiro trimestre, todos no dia 14 de novembro.
Além das duas empresas, integram a lista companhias em recuperação judicial, como a Americanas S.A. e a Flex Gestão de Relacionamentos.
A Rio Alto Energia Renováveis e a Rio Alto SLT Holding, também estão em atraso. No caso da primeira, o atraso é superior a 12 meses e, no mês passado, a CVM suspendeu o registro de companhia aberta.
Para resolver o problema, a Rio Alto disse em comunicado que contratou os serviços de consultoria da Irko Hirashima para aprimorar os processos internos.
Por fim, o Banco do Estado do Pará é outro conglomerado que está sem reportar sua situação financeira desde o início do ano. De acordo com um comunicado ao mercado desta quinta-feira (28), o banco pretende regularizar a documentação até o início de outubro.
Com Diego Felix
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