A falência da SAM Indústrias, do bilionário Daniel Birmann, estava praticamente chegando ao final, mas, nesta semana, credores sofreram um novo revés: a troca do administrador judicial.
O processo, que se arrasta por 15 anos, prevê a substituição de seu ‘gerente’ pela terceira vez. No lugar do advogado Fernando Martins Corrêa, deve entrar a empresa Preserva-Ação. O julgamento pela 6ª Câmara de Direito Privado do Rio de Janeiro está marcado para esta quarta-feira (29).
Em reserva, credores afirmam que a mudança os fragiliza devido a conflitos de interesse. A Preserva, dizem, tem como sócio Bruno Rezende, que assumirá a falência da SAM.
Rezende atua em parceria com Luciano Bandeira na recuperação judicial da Americanas. E Bandeira advoga para Bernardo Birmann, herdeiro de Daniel, na falência da SAM.
A dívida do empresário é de R$ 1 bilhão e somente a Braslight, fundo de pensão dos funcionários da Light, tem R$ 700 milhões para receber.
A troca causa preocupação, porque, até o momento, Corrêa tinha autorizado a busca de bens dos Birmann no país e no exterior. Os valores descobertos seriam usados para o pagamento dos credores.
Procurado pelo Painel S.A., a Preserva-Ação disse que não vai comentar o caso até o julgamento.
Com Paulo Ricardo Martins
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