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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Descrição de chapéu 5g internet tecnologia

Maquininhas reagem a desligamento de 2G e 3G pelas teles

Empresas de pagamentos afirmam que medida vai afetar transações do varejo em áreas remotas, onde operadoras não oferecem cobertura 4G e 5G

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Brasília

As empresas de maquininhas entraram em campo contra Vivo, TIM, Claro, que pretendem desligar os sinais da telefonia móvel 2G e 3G. A iniciativa está em análise na Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações).

Antenas de telefonia celular que operam na frequência de 700 MHz são utilizadas pela ConectarAgro para deslanchar a conexão na zona rural
Antena de telefonia celular; teles querem desligar equipamentos que operam telefonia de segunda e terceira gerações - 05.mai.2023-Divulgação/ConectarAgro

Representadas pela Abranet (Associação Brasileira de Internet), as maquininhas afirmam que dependem das conexões 2G e 3G para realizarem operações em áreas rurais e regiões remotas, onde o 4G e 5G ainda não chegaram.

Nesta quarta (1), a associação pediu cautela à agência ao apresentar suas contribuições sobre o assunto.

No documento, ela considera que a cobertura das redes de telecomunicações móveis ainda é restrita às sedes dos municípios e a grandes centros urbanos.

"Boa parte do território nacional não possui cobertura planejada e muito provavelmente não terá no futuro por falta de obrigação regulatória e interesse econômico", diz a Abranet.

Segundo a entidade, "considerável parte dos equipamentos utilizados por estabelecimentos comerciais só operam em 2G/3G".

No varejo, a grande maioria das maquininhas operam em 3G.

Em outra frente, as operadoras querem acelerar o desligamento que, para elas, gera custos elevados sem, praticamente, gerar receitas.

A Anatel abriu uma consulta pública a pedido da Conexis, associação que representa o setor.

A associação quer discutir o desligamento dos sinais antigos e propõe um upgrade de tecnologia (4G e 5G) para operar nas mesmas faixas de frequência hoje exploradas pelo 2G e 3G.

Frequências são avenidas no ar por onde as teles fazem trafegar seus sinais sem interferências.

O 2G foi a tecnologia predominante até 2010, que permitia a troca de mensagens por texto (torpedos).

O 3G chegou em 2014 e foi a tecnologia que viabilizou a internet móvel.

Ambas as tecnologias coexistiram e alimentaram 200 milhões de linhas no passado. Hoje, segundo dados da Anatel, contam com menos de 20 milhões de usuários.

Com Diego Felix

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