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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Agência do G10 Bank abre 5 mil contas em Paraisópolis e banco prevê expansão

Previsão é atingir 100 mil contas com novas unidades em favelas de São Paulo, Recife, Belo Horizonte e Brasília

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Brasília

Em dois meses, a primeira agência do G10 Bank, pioneiro na oferta de serviços financeiros para moradores de favelas, abriu 5.000 contas em Paraisópolis (SP) e, para crescer mais, anuncia, neste mês, o programa "Donas de si", voltado para empreendedoras.

Criado em 2021, o G10 Bank oferece conta de pagamento, Pix, transferências e depósitos. A meta é atingir 100 mil contas neste ano com a abertura de quatro agências —Heliópolis (SP), Sol Nascente (DF), Casa Amarela (PE) e Aglomerado da Serra (MG).

Gilson Rodrigues, fundador do G10 Favelas e G10 Bank
Gilson Rodrigues, fundador do G10 Favelas e G10 Bank - Stela Souza/ Agência G10 Favelas

Segundo o fundador da instituição, Gilson Rodrigues, idealizador do G10 Favelas (grupo que reúne as dez maiores comunidades do país), nas demais comunidades, será possível abrir contas digitais pela internet.

O "Donas de si" exercerá papel relevante ao vincular a conta ao financiamento. O projeto é uma parceria com a WorkLover, fintech educacional liderada por Paula Esteves, para garantir acesso ao crédito com orientação e acompanhamento empresarial.

Uma equipe de avalistas liderada por mulheres da própria comunidade escolherá as candidatas a receberem créditos a partir de R$ 1 mil.

A análise parte de um questionário preparado pelo programa Lift Lab, com mentoria do Banco Central, que desenvolveu um novo sistema de score de crédito (avaliação de risco), que leva em conta fatores desconsiderados pelos bancos tradicionais.

"A gente avalia se a mulher ou tomador tem papel relevante na comunidade, se já tem negócio em atividade, se desfruta de confiança e tem aval coletivo", diz Rodrigues.

"Vamos dar R$ 15 mil de crédito para uma empreendedora que está negativada, por exemplo."

Ele explica que, com esse dinheiro, a empreendedora limpará seu nome e trocará de veículo, com o qual ela faz transporte escolar e entrega mercadorias do ecommerce.

Em Paraisópolis, o Correio da Favela serve de caixa postal coletiva para as compras pela internet e diversos entregadores da comunidade se cadastram para fazer as entregas de porta em porta.

Com Diego Felix

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