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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Descrição de chapéu tecnologia 5g internet

Pequenas da internet fixa já são tão grandes quanto Tim e Oi juntas

Competição e renda fazem brasileiros optarem por compra de internet de empresas menores e regionais

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Brasília

Quatro operadoras de banda larga fixa de pequeno porte já têm o mesmo porte da Oi e Tim juntas em acessos. Hoje, Giga Mais Fibra, Brisanet, Vero e Desktop totalizam 5,4 milhões. Somente a Giga Mais Fibra cresceu 104 vezes, passando de 155 mil acessos, em julho de 2019, para 1,6 milhão.

Dados da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) mostram que, na guerra da banda larga fixa, os pequenos provedores desbancaram as grandes operadoras e essa disputa mobiliza Vivo, Claro e Tim, especialmente, por mudanças nas regras que, até o momento, deram vantagens competitivas a empresas de pequeno porte, os chamados ISPs (Provedores de Serviços de Internet).

Fachada da sede da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), em Brasília
Fachada da sede da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), em Brasília - Reprodução/Anatel

Esse crescimento dos pequenos provedores de internet causou um impacto grande no modelo de negócio de Vivo, Tim e Claro de vender todos os serviços (voz, dados e TV) em um pacote —modelo que garantia maiores retornos.

Um estudo da Oliver Wyman, que ouviu 3 mil consumidores em todas as regiões do país, no primeiro semestre deste ano, revela que somente 23% dos usuários compraram pacotes, especificamente voz com banda larga.

A grande maioria (77%) comprou o acesso à internet de outras operadoras do mercado.

Segundo a consultoria, esse indicador está muito alinhado com países onde há mais competição, caso de Reino Unido e EUA.

Na Espanha, sede da Vivo, a taxa de convergência de serviços (venda de serviços em pacotes) é de 82%. Na França, ele é de 67%. Na Itália, chega a 45% e na Alemanha, 41%.

O Brasil só está na frente de Reino Unido (21%) e EUA (20%).

Nos EUA, diz a Oliver Wyman, as empresas regionais, que só oferecem serviços de banda larga, têm uma atuação muito forte. Existe ainda uma estrutura de oferta móvel com fidelização de longo prazo que desestimula a convergência.

O levantamento também mostra uma clara relação entre renda e nível de convergência. Quanto maior a faixa mensal de ganhos do consumidor, maior o percentual de clientes que contratam pacotes.

A Oliver Wyman é líder global em consultoria de gestão. Com escritórios em mais de 70 cidades em 30 países.

Com Diego Felix

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