Preto Zezé

Presidente nacional da Cufa, fundador do Laboratório de Inovação Social e membro da Frente Nacional Antirracista.

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Preto Zezé

A primeira vez no Rock in Rio

Cufa e Rock in Rio selaram parceria para juntar ativos sociais, econômicos e criativos

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Conheci Roberta Medina no lançamento da iO Diversidade, empresa da qual sou sócio-fundador com pessoas do naipe de Celso Athayde, Karla Recife, Silvio Almeida e Renato Meireles.

Falamos sobre milhões de coisas referentes a como conectar as favelas e os grandes eventos de uma forma que a parceria para produzir soluções diante dos desafios sociais não seja apenas um evento, mas uma ação permanente.

Preto Zezé com Roberta Medina e Roberto Medina na favela de Paraisópolis, em SP
Preto Zezé com Roberta Medina e Roberto Medina na favela de Paraisópolis, em SP - Arquivo pessoal

Andei com ela em mais de dez favelas de São Paulo para que ela conhecesse a fundo o que fazemos para recompor uma agenda social a partir da mobilização de ativos econômicos e de empresas geridas pelos favelados que têm como sócios e clientes grandes companhias.

Ela me chamou para fazer o trajeto contrário. Era a nossa vez de adentrar o ecossistema inventivo e criativo da família Medina, do renomado Rock in Rio. E assim parti para o Rio de Janeiro para conhecer a famosa Cidade do Rock.

Preto Zezé e a família Medina no escritório do Rock in Rio
Preto Zezé e a família Medina no escritório do Rock in Rio - Arquivo pessoal

Minha memória mais recente do Rock in Rio era o debate em torno da forma da presença do Palco Favela no evento. À época, muita gente discordava da participação da Cufa no festival, mas, como diz o professor Celso Athayde, transitar e ocupar espaços é do nosso DNA.

Hoje o Palco Favela é uma realidade que expõe como a cultura de favela transbordou e ocupou todos os espaços desse empreendimento, que nos orgulha e é referência mundial.

Com Roberto Medina, o cérebro inquieto dessa engenharia, conheci cada detalhe, cada espaço, os bastidores das lutas, das derrotas e das muitas vitórias e de como inteligência e matéria-prima brasileira produzimos com excelência.

O impacto da edição de 2019 na economia do estado foi estimado pela FGV em R$ 1,7 bilhão. Neste ano espera-se movimento de R$ 2,5 bilhões, prova inquestionável do sucesso que o maior festival de rock do mundo e toda a sua cadeia produtiva atraem para a cidade.

A Cufa e o Rock in Rio selaram parceria para juntar ativos sociais, econômicos e criativos para produzir soluções e impulsionar inovações nos territórios de favela de forma contínua, antes, durante e depois.

Ao chegar à Cidade do Rock, com o parceiro/diretor da Favela Holding, Thales Athayde, vimos o capricho dos Medinas em produzir uma arena de encontro, diversidade e inclusão que fala por si só sobre o nosso melhor, sobre um Brasil que celebra a vida, a cultura e o encontro, itens tão em falta numa sociedade desigual e apartada.

Um grande restaurante que alimenta almas e sonhos e tem como masterchef Zé Ricardo, parte do time que faz do Rock in Rio um aceno à potência e à criatividade.

Terminamos com show épico dos Racionais MCs e uma nova geração de talentos escrevendo a narrativa sonora que embala o sonho de um país melhor.

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