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Jornalista e autor de "Escola Brasileira de Futebol". Cobriu sete Copas e nove finais de Champions.

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Palmeiras mostra força e alternativas táticas na semifinal do Paulista

Time alviverde está mais imprevisível porque conhece melhor seu treinador, e vice-versa

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Abel Ferreira tenta mexer na maneira de o Palmeiras jogar. Cobrado mesmo depois do título da Copa do Brasil por ter uma equipe só de contra-ataque, acrescentou um zagueiro e mais armação. Jogar com três beques não significa ser mais defensivo. Ao contrário, o Palmeiras tem mais posse de bola e mais polivalência.

Não é à toa a escalação de Mayke, ora como terceiro homem de defesa, ora como ala, como no clássico contra o Corinthians, pela lesão de Marcos Rocha. No lance do gol, o ponta foi Raphael Veiga. Não é mais o meia único, exclusivo organizador. Joga como meia direita e nessa função criou toda a jogada do gol de Victor Luís, rebote da finalização de Rony.

Victor Luiz comemora após marcar o primeiro gol do Palmeiras
Victor Luiz comemora após marcar o primeiro gol do Palmeiras - Rubens Cavallari/Folhapress

Construindo o jogo, o Palmeiras fez 1 a 0 em 11 minutos. Nada de contragolpes até ali. A partir dos 20 minutos, o Corinthians assumiu o controle da posse de bola. Muito pela vontade de Abel Ferreira atrasar a marcação. Assim, com linha de cinco na defesa e quatro no meio, Rony foi lançado e só não fez 2 a 0 porque Jémerson desarmou-o.

A ideia dos três zagueiros não é retrancar. Nem do Palmeiras, nem do Corinthians, muito menos do São Paulo. Seguem a tendência da Europa. Quem joga com três beques ou linha de quatro, nos dois casos fazem a saída de três homens, puxam um pivô defensivo e enfiam cinco em linha no ataque.

Palmeiras tentando construir o jogo
Palmeiras tentando construir o jogo

Abel Ferreira é mais fã de José Mourinho. Varia as estratégias, mas não se envergonha de compactar o bloco defensivo em 15 metros, quando tem vantagem. A maior posse de bola nos primeiros 20 minutos virou opção por contragolpes depois.

O Corinthians circulava a bola, aproximava-se da área e não conseguia ameaçar.

Corinthians com Mandaca pela direita, pela força
Corinthians com Mandaca pela direita, pela força

Apesar de recuar e buscar a velocidade, não é mais justo dizer que Abel Ferreira só tem um estilo, o do contra-ataque. Há tentativas de saídas com passes pelo chão, alternativa de lançamentos, chances criadas com combinações e duas oportunidades com marcação por pressão, desarmes no ataque. O Palmeiras está mais imprevisível, porque conhece melhor seu treinador —e vice-versa.

Vágner Mancini tentou mudanças em posições que não tem certeza. Ninguém confia totalmente que Cauê será o centroavante. Mosquito entrou melhor no segundo tempo, mas não é homem de área. Sem Fágner, Mandaca ganha espaço na direita, mas não está pronto. Nem os zagueiros João Victor e Raul. Ótimos, cometem erros. Raul escorregou no segundo gol, de Luiz Adriano.

Este é um capítulo à parte, porque marcou cinco vezes nos últimos cinco Dérbis e pela incrível capacidade de trabalho. Contra o River Plate, em Buenos Aires, fechou a linha defensiva de meio de campo para desarmar. Na Neo Química Arena, desarmou, bloqueou, trabalhou e decidiu com seu gol.

O Corinthians esperava que Luan fosse o fator de desequilíbrio. Não foi e ainda perdeu pênalti. No Parque São Jorge, só existe uma alternativa: realismo. O time é cru, por erros seguidos nos últimos três anos.

A reação do Palmeiras e sua invencibilidade como visitante, sua chance de ser bicampeão paulista, tudo faz esquecer da palavra vexame, pronunciada em abril. No quarto mês do ano, o único sucesso em disputa era ganhar um ovo de Páscoa.

Estratégia

O Flamengo segue sendo um espetáculo no ataque e um problema na defesa. A tentativa de Rogério Ceni é uma equipe capaz de construir o jogo e trabalha para isto. Mesmo marcando no ataque, as jogadas estouram em quem nem volante é.

Defesa

O Atlético de Madrid está a uma vitória do título espanhol e isto pode significar que os campeões nacionais dos sete principais países da Europa terão a defesa menos vazada. A exceção é o Bayern, na Alemanha.

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