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Jornalista e autor de "Escola Brasileira de Futebol". Cobriu sete Copas e nove finais de Champions.

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As crias de Cotia atacarão o plano de Abel

Jovem time do São Paulo superou experiente Corinthians e agora encara Palmeiras

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Vítor Pereira escalou Roger Guedes no lugar de que mais gosta, jogou Willian para a direita, onde se sente confortável, e tirou Renato Augusto da marcação de Rodrigo Nestor, ao escalá-lo como centroavante. Foi inteligente, mas não conseguiu o resultado esperado.

Porque o Corinthians passou a correr atrás de Rodrigo Nestor, com Giuliano a persegui-lo. Em vez de aumentar o conforto para seu meia, Renato Augusto, tornou Nestor mais criativo do que marcador.

Jogadores do São Paulo comemoram vitória sobre o Corinthians na semifinal do Campeonato Paulista - Danilo Verpa/Folhapress

O Corinthians tem um elenco famoso, e experiente, de pouca vitalidade. O Corinthians tinha sete jogadores acima dos 31 anos. O São Paulo jogou com cinco abaixo dos 23 e isto porque Gabriel Sara estava lesionado.

Os primeiros sinais foram de o São Paulo empurrar o Corinthians para trás, com 60% de posse de bola nos primeiros vinte minutos, exatamente o inverso do que o técnico corintiano pretendia: "Vamos fazer um jogo inteligente, com bola", disse Vítor Pereira, na chegada ao Morumbi.

O resultado imediato da alteração foi ruim para o Corinthians. Renato Augusto, sempre o meio-campista com mais circulação de bola em seu time, ficou para trás de Paulinho, Willian e Giuliano. Enquanto Rodrigo Nestor passava a ser o organizador que mais tocava na bola.

Vítor Pereira devolveu Renato Augusto para a armação aos 33 do primeiro tempo e o São Paulo refez seu plano original de marcação, Pablo Maia grudado em Paulinho, Nestor em Renato. Na prática, pouco mudou, porque o Tricolor já tinha dado confiança a Rodrigo Nestor, que seguiu sendo mais marcado do que marcador.

Foi dele o passe para Welington fuzilar Cássio e fazer 1 x 0, aos 41 minutos. Só depois disso, no segundo tempo, o Corinthians passou a controlar o jogo com bola no pé. Sem quase nenhuma finalização.

Foram até surpreendentes os últimos minutos do Corinthians, com Jô, Júnior Moraes e Roger Guedes atacando. Mas não é fácil o quebra-cabeça do técnico português. Ter sete titulares acima dos 31 anos e fazê-los jogar com vitalidade às quartas e domingos. O dilema inverso ao do São Paulo, de cinco titulares abaixo dos 23 anos, além de Gabriel Sara, ausente por lesão.

O São Paulo evoluiu durante o estadual, com a força das crias de Cotia. Nestor deu o passe para o primeiro gol, de Welington. Igor Gomes participou da jogada do segundo.

O São Paulo chega à decisão pelo segundo ano seguido, com o ataque mais positivo, contra o Palmeiras, da defesa menos vazada de todos os tempos, no Paulista. São quatro gols sofridos, em 14 partidas (0,28 em média).

A equipe de Abel Ferreira parece mais equilibrada, mas passou por apuros no segundo tempo contra o Bragantino, que finalizou 17 vezes. Neste ano, só o Chelsea chutou mais contra o gol palmeirense, mas acertou o alvo três vezes, metade do que conseguiu o Braga.

Ou seja, não foi fácil para o Palmeiras. Também não será fácil a decisão, que começa na quarta-feira, no Morumbi.

Do ponto de vista da montagem do elenco, o Palmeiras tem sete titulares entre 23 e 28 anos, o São Paulo terá seis abaixo dos 23. Mais difícil é o quebra-cabeças de Vítor Pereira. Montar um grande time com um excelente treinador e seis jogadores de Copas do Mundo. Talentos raros, mas que não rendem o que fizeram no passado.

Infografia mostra a distribuição dos jogadores do Corinthians e do São Paulo
Prancheta do PVC - Folhapress

A renovação

Abel Ferreira respondeu sobre seleção brasileira, mas a portuguesa pode virar realidade para ele, depois da Copa —ou se Portugal perder para a Macedônia do Norte. O novo contrato protege o Palmeiras no mercado. Ponto para Leila Pereira. Manter até 2024 impõe outras variáveis.

Prévia da Copa

A Espanha suou para vencer a Albânia, a França para ganhar da Costa do Marfim, a Itália está eliminada e a melhor apresentação do fim de semana foi da Holanda, na vitória por 4 x 2 sobre a Dinamarca. A Copa do Mundo terá equilíbrio e imprevisibilidade jamais vistos antes.

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