Robson Jesus

Viajante, empreendedor digital especializado em gestão de projetos e futuro recordista mundial ao visitar os 196 países do mundo

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Robson Jesus
Descrição de chapéu África 11 de setembro

Após visitar 196 países, será que minha missão terminou?

Nada disso; depois de todo esse caminho, uma nova jornada se inicia

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Ao me sentar para escrever este texto, sinto um turbilhão de emoções. Uma carga enorme de gratidão, de memórias nostálgicas e um profundo senso de transformação. Após 768 dias percorrendo o globo terrestre, minha aventura, que em grande parte foi frenética, chegou ao fim.

E se eu pensasse em me despedir desta jornada extraordinária, certamente isso também incluiria deixar fluir os meus mais sinceros agradecimentos àqueles que me acompanharam desde o início —bem como a cada pessoa que se prontificou a participar, apoiar e estar comigo em meio à trajetória.

Esta expedição não era um checklist de destinos clássicos, ou um "bucket list" de atividades pessoais. O propósito das viagens nasceu do meu espanto ao descobrir que nenhum negro havia visitado todos os países do mundo e que eu poderia encorajar qualquer pessoa que sonhasse em pisar para além das fronteiras de seu próprio país.

No Ninho do Tigre, no Butão - Robson Jesus

Em todos os lugares que visitei encontrei pessoas entusiasmadas em contar suas histórias, tradições e perspectivas de vida. Desde as movimentadas ruas de Tóquio até as remotas aldeias da Namíbia, fui acolhido de braços abertos e corações calorosos. "Arriscaram" receber-me, até então um estranho, em suas casas. Assim como fazer com que eu me sentisse parte de suas comunidades, e sou eternamente grato a esses tratamentos.

Um dos aspectos mais enriquecedores desta jornada foi a oportunidade de imergir em uma série de culturas, cada uma oferecendo o seu próprio ponto de vista e as suas interpretações sobre a vida.

Dos simples ensinamentos tranquilos dos monges budistas até a prática revigorante do yoga, pude expandir de forma valiosa a minha percepção sobre as inúmeras maneiras pelas quais as pessoas buscam significado e realização em suas vidas.

Além disso, meus encontros com diferentes religiões e sistemas de crenças têm fomentado um profundo senso de respeito e compreensão da espiritualidade humana.

Com os amigos que fiz no Uzbequistão - Robson Jesus/Folhapress

Mas não se trata apenas de introspecção e iluminação. Também me entreguei às delícias culinárias do mundo, degustando desde os sublimes sabores da Itália até as iguarias ardentes das tribos africanas.

Fiz aulas de gastronomia na Namíbia, onde aprendi a preparar pratos exóticos com lagartas. Jantei sob as estrelas no deserto do Marrocos, saboreando tradicionais tagines.

Percorri densas selvas em busca da próxima fronteira. Mergulhei nas profundezas do oceano e no maior bungee jump do mundo... Memórias estas que guardarei para sempre.

Robson Jesus salta de bungee jump na África do Sul
Bungee jump na África do Sul - Robson Jesus/Folhapress

Em meio a todas essas experiências, fui humilde diante do poder bruto e da beleza indomada da natureza. O brilho da aurora boreal na Noruega, proporcional ao encanto das águas turquesas das praias intocadas do Afeganistão. Alcateias de leões na África do Sul e gorilas prateados no Congo.

Não há como mensurar as maravilhas que testemunhei, e a humanidade também possui as suas próprias. Desse modo, não gostaria apenas de agradecer pelo apreço daqueles que simpatizaram comigo, mas também lembrá-los de que este planeta é nosso.

Na Etiópia - Robson Jesus/Folhapress

Foi necessário desenvolver fontes de força ao longo do caminho, então posso dizer que nada do que fiz eu fiz sozinho. O objetivo foi atingido, mas as memórias e lições que reuni ao longo do caminho continuarão a enriquecer a minha vida nos próximos anos.

No entanto, eu prevejo que não suportarei guardar tudo isso para mim mesmo. Consequentemente, uma nova jornada se inicia. Desbravar essa nova fase será algo feito, novamente, em conjunto, porque o senso de coletividade se fortaleceu.

Agradeço a todos.

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