Rogério Gentile

Jornalista, foi secretário de Redação da Folha, editor de Cotidiano e da coluna Painel e repórter especial.

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Descrição de chapéu Folhajus

Ex-deputado é condenado a pagar R$ 225 mil por dívida da Igreja Mundial

José Olímpio (DEM) é o fiador de prédio em Agudos (SP) cujo aluguel não é pago desde 2018

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A Justiça de São Paulo condenou o ex-deputado José Olímpio (DEM) a pagar uma dívida de cerca de R$ 225 mil da Igreja Mundial do Poder de Deus.

A igreja, fundada pelo apóstolo Valdemiro Santiago em 1998, alugou um prédio em 2014 na cidade de Agudos, no interior paulista, mas deixou de fazer os pagamentos a partir de janeiro de 2018. O valor a ser pago ainda precisa ser acrescido de correção monetária e juros.

São Paulo, 4 de abril de 2021. Imagens de culto da Igreja Mundial do Poder de Deus transmitido pelo YouTube oficial da igreja neste domingo (4), com presença de fiéis, após decisão do ministro do STF Kassio Nunes Marques. O apóstolo Valdemiro Santiago liderou o culto. Foto: Reprodução
Culto da Igreja Mundial do Poder de Deus transmitido em 4 de abril de 2021 - Reprodução

A Mundial, uma das maiores igrejas evangélicas do país, passa por uma grave crise econômica, que foi agravada pela pandemia do coronavírus. A coluna localizou mais de 30 ações de cobrança contra a Mundial no Judiciário paulista.

Em um dos processos, a Justiça quebrou o sigilo bancário e fiscal de Valdemiro para descobrir se há confusão patrimonial entre as contas do apóstolo e da igreja, que declara possuir mais de 6 mil templos. “São apenas suposições construídas pela mídia”, defendeu-se o apóstolo no processo.

Olímpio, que é missionário da igreja, foi condenado no caso de Agudos, pois assinou o contrato na condição de fiador. A decisão atinge também a mulher de Olímpio, Elisabete Silveira Moraes e a própria igreja.

A igreja não contesta a dívida, mas pediu que fosse marcada uma audiência de conciliação para se tentar um acordo com o proprietário do imóvel.

O missionário José Olímpio e a sua mulher apresentaram uma declaração de pobreza à Justiça alegando que não possuem condições financeiras nem mesmo para arcar com as custas processuais.

As petições não foram aceitas pela Justiça.

José Olímpio, Elisabete e a Igreja Mundial ainda podem recorrer da decisão.

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