Sandro Macedo

Formado em jornalismo, começou a escrever na Folha em 2001. Passou por diversas editorias no jornal e atualmente assina o blog Copo Cheio, sobre o cenário cervejeiro, e uma coluna em Esporte

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Champions retorna com um olho no clássico e outro na Superliga

Documentário da Apple TV+ relembra os quatro dias de vida da Superliga

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Depois de uma Copa do Mundo (e até um Mundial de Clubes), a elite da Europa volta à disputa do torneio que lhe é mais caro, a Champions League. O recomeço nesta terça (14) já é na fase mata-mata, com dois assassinos de peso: Qatar Saint-Germain x Bayern, ainda de Munique.

Enquanto todos estarão de olho no clássico —com as estrelas da Copa Messi e Mbappé (e Neymar)—, a Uefa mira de soslaio para a ameaça que quer roubar seu brinquedo, a Superliga Europeia

Para quem não lembra direito, a Superliga apareceu como um tornado em abril de 2021. A ideia era disputar um campeonato paralelo, à revelia da Uefa, com os clubes mais ricos do rico futebol europeu, a crème de la crème, a cereja do bolo. Além de distribuir muito mais dinheiro, o torneio também prometia vaga fixa para 12 membros-fundadores da tal liga —o sonho de todo clube que não tem poço de petróleo.

Em quatro episódios, o documentário "Superliga: A Guerra pelo Poder", lançado há poucas semanas pela Apple TV+, relembra os quatro dias em que a Superliga foi anunciada, lançada e cancelada, causando um rebuliço na Uefa.

Como naqueles filmes de guerra entre famílias mafiosas, não há mocinho na produção. Mas o mais próximo do bom-mocismo seria o presidente da Uefa, o advogado esloveno Aleksander Ceferin, que lutou ferozmente para derrubar a Superliga.

E apesar de Florentino Pérez ser o principal executivo entre os dissidentes, quem aparece como maior antagonista de Ceferin é Andrea Agnelli, que na época era presidente da Juventus —com um italiano o climão de máfia na série fica melhor.

Para completar, Ceferin era amigo pessoal de Agnelli e foi até padrinho da filha do moço. Pronto, italiano com padrinho. Máfia na veia.

Outro grande personagem no documentário se revela apenas no episódio final: Gianni Infantino, o presidente careca que já foi ruivo da Fifa. Antes da Fifa, Infantino era o manda-chuva da Uefa e sabe muito bem quanto vale o show.

O presidente da Fifa, Gianni Infantin, na Final do Mundial de Clubes, no Marrocos - Fadel Senna - 11.fev.23/AFP

E esse Mundial de Clubes mequetrefe que terminou no Marrocos é um ponto de discórdia entre Uefa e Fifa. Assim como flamenguistas e palmeirenses, Infantino ama o Mundial de Clubes. Afinal, pode ser o jeito de a Fifa ter sua própria Champions. O problema é que Ceferin não quer (ou não queria) "emprestar" seus prestigiados times europeus.

No entanto, uma aliança foi estabelecida para baixar a bola da Superliga e dar alguma moeda de troca ao espertinho Infantino.

Como mostrou a querida vizinha Marina Izidro em sua coluna mais recente, a Superliga não morreu e ressurge agora repaginada, querendo incluir mais clubes, com classificações por mérito.

Ainda é cedo para dizer o tamanho da nova ameaça que a Superliga pode causar à Champions, mas é bom ficar de olho aberto.

Enquanto isso, vamos ver alegremente os primeiros confrontos das oitavas de final. De um lado, PSG x Bayern, dois times que sempre foram contrários à liga; do outro, Milan x Tottenham, dois integrantes do tal Clube dos 12.

Cadê o VAR do Super Bowl?

Kansas City Chiefs foi campeão, Rihanna está grávida e a pessoa que mais vi na transmissão foi Gisele Bundchen, ex-Tom Brady, nos intervalos. Apesar de ter 413 juízes em campo, o Super Bowl também não é imune ao erro humano.

No lance que decidiu a partida, o juizão viu uma falta inexistente contra o Philadelphia Eagles, mantendo a bola com os Chiefs até praticamente o fim da partida. Como a falta não é passível de revisão eletrônica, o resultado foi mantido, e os Eagles, derrotados. A mesa-oval de debate por lá deve estar fervendo.

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