O Al-Hilal está na final do Mundial de Clubes. O Flamengo foi muito mal. Tudo também deu errado. Sofreu dois gols de pênalti, um deles questionável, e ainda teve um jogador expulso no fim do primeiro tempo. Por outro lado, mesmo quando tinha 11 jogadores, o Flamengo teve uma única chance de gol, marcado por Pedro. No segundo tempo, o Al-Hilal foi melhor, criou mais oportunidades e venceu por 3 a 2.

Após a eliminação do Brasil na Copa do Mundo, foi mais uma decepção. O futebol que se joga no Brasil seria pior do que tantos pensam? Os jogadores e times brasileiros não teriam preparo emocional nas decisões?

Driblar e bailar

Na vitória do Palmeiras sobre o Santos, por 3 a 1, Rony foi escolhido como o melhor do jogo pelos telespectadores e pelos comentaristas.

Durante a transmissão da partida, alguém elogiou Zé Rafael, mas disse que ele aparece pouco, do que discordo. Zé Rafael se posiciona muito bem defensivamente, desarma e tem um ótimo passe para iniciar as jogadas ofensivas. Aparece demais. Como não é um meia atacante e não costuma dar o último passe ou fazer gols, não tem o destaque que merece. O mesmo ocorre com outros jogadores espalhados pelo Brasil e pelo mundo.

Outro jogador do Palmeiras que joga muito bem e que é pouco reconhecido é Marcos Rocha. Ele, que já era bom no Atlético, pelo apoio e pelos passes precisos, ficou ainda melhor no Palmeiras, pois aprendeu com Abel Ferreira a se posicionar defensivamente. Em um mesmo jogo, Marcos Rocha é, às vezes, um terceiro zagueiro pela direita e, em outros momentos, um excelente apoiador.

Em um dos gols do Palmeiras contra o Santos, Marcos Rocha deu um excelente passe longo, pelo alto, por cima dos zagueiros. Rony dominou e deixou a bola para o jovem Giovani finalizar. Alguém disse que o gol começou com o chutão de Marcos Rocha.

Provavelmente, o Palmeiras vai precisar de um meio-campista para atuar ao lado de Zé Rafael. O meio-campo é a alma e o cérebro de um time. O Real Madrid, que enfrenta o Al Ahly, pelo Mundial de Clubes, ganhou, nos últimos anos, grandes títulos nacionais e internacionais. Isso mesmo após a saída de Cristiano Ronaldo, principalmente porque sempre teve um meio-campo excepcional, com Casemiro (agora, no Manchester United), Kross e Modric, com a ajuda do centroavante Benzema, que recua e que passa a ser um elo com todo o ataque.

Casemiro faz falta, embora o clube tenha contratado um ótimo substituto, o francês Tchouaméni, titular na Copa de 2022. Tchouaméni estava contundido e deve jogar hoje. Ele é mais habilidoso que Casemiro, mas não tem a experiência, a liderança, o desarme e o posicionamento preciso do brasileiro na proteção à defesa.

O Real não terá no jogo desta quarta (8) Benzema, Courtois e Militão; e eles talvez não joguem também na final de sábado se o Real vencer. Todos são importantes, especialmente Benzema. Vinicius Júnior sente a falta dele.

Vinicius Júnior, que é hoje o maior driblador do mundo, evoluiu nos fundamentos técnicos, no passe, na finalização e na lucidez para fazer as escolhas certas. Tornou-se um excepcional jogador, um craque.

Muitos adversários não suportam tanta ousadia e irreverência e passam a marcá-lo com muitas faltas e com violência —e, pior, os torcedores transferem o ódio e a raiva para a cor da pele, com ofensas criminosas e racistas.

Em um grupo, em uma multidão, um xinga e outros repetem, como se o responsável não fosse cada um individualmente, mas sim o grupo.