Vaivém das Commodities

A coluna é assinada pelo jornalista Mauro Zafalon, formado em jornalismo e ciências sociais, com MBA em derivativos na USP.

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Produção de carnes aumenta no país, e China lidera importações no setor

No 3º trimestre, asiáticos estiveram no topo da lista nas compras de bovinos, suínos e frango

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O raio-X do setor de carnes feito pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia) nesta quarta-feira (12) mostrou dois pontos importantes.

 Apesar dos problemas recentes do setor, a produção continua crescendo e atingindo patamares recordes. Do lado externo, a China assume a liderança de compra das três principais carnes brasileiras (bovina, suína e de frango).

Suínos em fazenda no Paraná
Suínos em fazenda no Paraná - Mauro Zafalon - 10.ago.15/Folhapress

A produção de carne bovina do terceiro trimestre somou 2,1 milhões de toneladas, 4% mais do que em igual período de 2017. A suína atingiu o recorde de 1 milhão de toneladas, 5% mais, e a de frango, no sentido oposto das demais, caiu 2%, para 3,4 milhões de toneladas.

A China, líder disparada na compra da soja brasileira, começa a abocanhar também boa parte das proteínas. De julho a agosto, o país asiático comprou 374% mais carne suína no Brasil do que em igual período de 2017.

No mesmo período, as importações de carne bovina pelo chineses aumentaram 104%, e as de frango, 16%.

 O IBGE mostrou também que cresce a concentração da produção: 21% dos frigoríficos abatem mais de cem cabeças de bovinos por dia, somando 88% dos animais abatidos.

No caso dos suínos, apenas 10% das unidades abatem 85% dos animais. No setor de frangos, os 8% de frigoríficos que abatem mais de 200 mil animais por dia concentram 37% dessa operação.

 

Cresce abate bovino não fiscalizado

 Os abates não fiscalizados aumentam no país. É o que constata a pesquisa do terceiro trimestre do IBGE, referente à produção da pecuária.

 A aquisição de couros bovinos pelas indústrias somou 9,1 milhões de unidades de julho a setembro, enquanto os abates certificados de animais ficaram em 8,3 milhões.

Os certificados podem vir de serviço de inspeção sanitária municipal, estadual ou federal.

Para os técnicos do IBGE, essa diferença pode ser entendida como um retrato de abate não fiscalizado. Os números indicam que o abate não fiscalizado foi de 9,2% neste terceiro trimestre, o maior percentual para o período nos últimos quatro anos.

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