Vaivém das Commodities

A coluna é assinada pelo jornalista Mauro Zafalon, formado em jornalismo e ciências sociais, com MBA em derivativos na USP.

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Paraná vive pior crise, e produtividade da soja é a menor em 30 anos

Produtores do estado deverão obter apenas 2.026 kg por hectare, o menor nível desde 1992, segundo o Deral

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Há muito tempo os paranaenses não vivenciavam uma crise tão aguda na agricultura. Após a quebra de safra do milho safrinha no ano passado, o Paraná deverá ter a pior produtividade de soja em 30 anos.

Nesta safra, que foi afetada por forte calor e ausência de chuvas nas lavouras, a oleaginosa vai render apenas 2.062 kg por hectare, segundo dados do Deral (Departamento de Economia Rural).

Esse dado ainda é provisório e se refere à primeira safra, mas já indica o menor volume desde os 1.900 kg de 1992, um período em que o estado ainda não tinha toda a tecnologia atual de produção.

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Máquinas preparam a terra para safra de milho na zona rural da cidade de Toledo (PR) - Cláudio Gonçalves - 31.jan.2019/Folhapress

Os dados históricos do Deral consideram a produtividade média da primeira e da segunda safras. Esta última, no entanto, é de menor importância. Na safra 2019/20, a produtividade chegou a 3.794 kg.

A queda de produtividade deverá reduzir a produção total do estado para 11,6 milhões de toneladas na primeira safra, o menor volume desde 2012, quando uma forte seca derrubou a produção para 10,9 milhões de toneladas.

O volume deste ano fica bem distante do de 2019/20, safra que o estado atingiu 20,8 milhões de toneladas de soja.

A produção de milho recua para 2,76 milhões e toneladas, 11% a menos do que na safra anterior. Essa queda complica o abastecimento do cereal no estado, que é um dos principias produtores de proteína.

A produtividade do milho, após ter atingido 8.372 kg na safra passada, recua para 6.367 nesta. As estimativas para a segunda safra de milho são de 15,5 milhões de toneladas, 171% acima da do ano anterior, prejudicada por seca e geadas.

De volta A União Europeia voltou a importar mais carne de frango do Brasil. No ano passado, foram 251,1 mil toneladas, 10,3% a mais do que no período anterior, conforme dados do departamento de economia do bloco.

De volta 2 A Tailândia, que chegou a ocupar o posto do Brasil na liderança das exportações para os países da UE, exportou apenas 130,2, mil toneladas no ano passado.

Recuperação Em queda desde setembro do ano passado, o preço de leite pago ao produtor voltou a subir. O produto captado em janeiro, com pagamento em fevereiro, atingiu R$ 2,1397 por litro, na média Brasil, com alta de 1,4%, segundo o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada).

Recuperação 2 A redução ocorria devido ao enfraquecimento do consumo por lácteos. A queda no campo e a alta dos custos de produção reduziram a oferta, permitindo nova alta nos preços.

Etanol A produção de álcool de milho somou 157 milhões de litros na primeira quinzena deste mês, 39% a mais do que em igual período do ano passado, segundo a Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar). ​

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