Vaivém das Commodities

A coluna é assinada pelo jornalista Mauro Zafalon, formado em jornalismo e ciências sociais, com MBA em derivativos na USP.

Salvar artigos

Recurso exclusivo para assinantes

assine ou faça login

Vaivém das Commodities

Volume das exportações aumenta, mas preços externos mantêm queda

Preço menor de adubo alivia as contas do produtor; o do trigo, as do consumidor

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

O Brasil continua elevando o volume exportado de grãos nesses dois primeiros meses, mas os preços, mesmo após queda acentuada de 2023, mantêm retração.

Essa queda externa afeta parte das exportações de vários produtos brasileiros, mas facilita as importações de outros.

Entre as quedas, está a do milho. Neste mês, o cereal exportado pelo Brasil foi negociado com retração de 10%, em comparação com o valor de igual mês de 2023.

Plantio de milho no norte do Paraná - Mauro Zafalon/Folhapress

Os animais vivos, cujas vendas foram retomadas neste ano, superando em 426% as de fevereiro de 2023, estão com preços 36% inferiores, segundo os dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior). Soja e café, dois importantes itens da balança comercial, recuam 6,5% e 3,4%, respectivamente.

As vendas externas de carnes iniciaram 2024 com uma forte aceleração nos volumes, mas com preços menos confortáveis do que os do ano passado.

Os dados da Secex mostram que as exportações de carne bovina da primeira quinzena deste mês, aumentaram 49%, em volume, mas estão com retração de 6,5% nos preços. Mesma tendência tem as carnes de frango e suína.

O volume exportado de frango é 14% maior neste mês, mas os preços caem 7%.O açúcar, que ganhou importância na balança comercial no ano passado, continua com alta no volume e nos preços, devido à menor oferta dos outros concorrentes.

O arroz, um produto escasso no mercado internacional, aumentou 26% sobre os valores de fevereiro de 2023. Essa alta estimulou as exportações brasileiras, mesmo em um período de preços altos no mercado interno.

Entre as quedas, as de trigo e de fertilizantes aliviam as contas do país, dependente desses produtos. Com fortes altas logo após a invasão da Ucrânia pela Rússia, os dois produtos acumulam retração de 26% na comparação deste ano com a do ano passado.

Movimento... A Wilson Sons registrou acelerado aumento nos atendimentos a navios que transportam grãos no ano passado, por meio de sua agência marítima. Com a conquista de novos clientes e a expansão do agronegócio brasileiro, a agência apresentou crescimento de 66% no número de escalas atendidas nesse setor em 2023, em relação a 2022.


...crescente A incorporação de novos clientes também contribuiu para um aumento na participação do segmento de grãos, afirma a empresa, que atendeu embarcações com cargas de soja, milho, trigo e malte. As escalas atendidas indicaram aumento de 76% na soja; 45% no milho, e 22% no trigo. No caso do malte, a alta foi de 147%.


Nestlé A empresa registrou crescimento orgânico de 7,2% no ano passado. Os produtos para alimentação animal superaram em dois dígitos o movimento de 2022, enquanto café e nutrição infantil, com um dígito, também tiveram boa evolução. Os lácteos apresentaram crescimento médio, segundo relatório da empresa.


Sêmen O mercado brasileiro de reprodução animal comercializou 22,5 milhões de doses de sêmen para a pecuária de corte e de leite em 2023, com queda de 2,8% em relação a 2022.

Sêmen 2 Os dados são do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, em parceria com a Asbia (Associação Brasileira de Inseminação Artificial), que representa 98% das vendas de sêmen bovino.

LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar cinco acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.