Descrição de chapéu Obituário Alvaro Antonio Filho (1950 - 2018)

Mortes: Policial humano, atuou em grandes casos

Correção e paixão pela carreira e pelo Corinthians influenciou quem o conheceu

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São Paulo

Ao atingir o tempo necessário para a aposentadoria, Alvaro Antonio entrou com uma medida liminar para poder seguir em serviço. Ele era policial civil em São Paulo.

Seu rosto estampou as páginas de jornais em mais de uma ocasião, conduzindo figuras centrais de crimes notórios, como o médico Roger Abdelmassih e o atirador do shopping, Mateus da Costa Meira. Trabalhou também no caso da rua Cuba.

Era um policial raro, que foge ao estereótipo de durão. Mais de uma vez deu dinheiro do bolso para pessoas que deixavam a carceragem da delegacia pegarem um ônibus para casa ou para que a família de um detido comprasse um remédio.

O orgulho da profissão e a dedicada correção marcaram quem o conheceu. Em seu velório, diversas pessoas se dirigiram aos filhos dele para dizer que foram cursar direito ou que escolheram a carreira policial por sua causa.

Isso sem falar nos que ignoraram o time dos pais e optaram por torcer pelo Corinthians do apaixonado Alvaro. Em sua cremação, torcedores de outros times vestiram a camisa alvinegra.

Morreu no último dia 2, em decorrência de um câncer. Deixa a mulher, Marilda, com quem foi casado por mais de quatro décadas, os filhos Beatriz, Karina e Alexandre, e três netos.

Após aquela liminar, conseguiu trabalhar na polícia por mais dois anos. Quando a entrega das armas e do distintivo enfim se tornou inevitável, em 2017, foi tomado por tristeza. Comprou no centro uma dessas carteirinhas com uma réplica de distintivo para carregar consigo. "Faltava um pedaço", justificou.

coluna.obituario@grupofolha.com.br


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