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Assessor do Metrô é detido por suspeita de assédio sexual em SP

Eduardo Maggi, 63, teria tirado fotos por baixo de saia de jovem na estação Vila Mariana

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Fabio Pagotto
São Paulo | Agora

Um assessor executivo do Metrô de São Paulo foi detido acusado de tirar fotos por baixo da saia de uma estudante de 22 anos que andava pela estação Vila Mariana da linha 1-azul, no último dia 16.

Segundo a Secretaria da Segurança Pública de SP, a jovem foi avisada por outra mulher de que o arquiteto Eduardo Maggi, 63 anos, usava o celular para tirar fotos dela enquanto subia uma das escadas rolantes dentro da estação.

Plataforma de embarque da estação Vila Mariana do metrô
Plataforma de embarque da estação Vila Mariana do metrô - Rivaldo Gomes - 5.set.2014/Folhapress

De acordo com o boletim de ocorrência, a estudante exigiu ver as imagens do celular, já que teria reconhecido as próprias roupas na tela do aparelho.

 

Diante da recusa do arquiteto em mostrar o celular, a jovem então chamou os seguranças do Metrô, que o detiveram. Antes de ser detido, porém, segundo o que a estudante declarou à polícia, Maggi teria tentado apagar as fotos do celular.

Maggi foi levado à 2ª Delegacia de Defesa da Mulher, na Vila Clementino (zona sul de SP), onde foi acusado de importunação ofensiva ao pudor, previsto na Lei das Contravenções Penais. A pena pode ser o pagamento de multa.

Ouvido pela polícia, ele assinou termo circunstanciado (registro de ocorrências de menor gravidade), entregou o celular e foi liberado. O aparelho passará por perícia para apurar se há fotos da estudante e se elas foram apagadas.

Formado em arquitetura pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, Eduardo Maggi é funcionário de carreira do Metrô, onde trabalha há cerca de 40 anos. Ele já trabalhou no setor de obras e hoje ocupa o cargo de assessor executivo.

OUTRO LADO

O advogado dele, André Azevedo, disse que seu cliente nega ter tirado as fotos da estudante. “Isso não aconteceu e tudo vai se esclarecer com a perícia”, afirmou o defensor. “Ele foi pego de surpresa com a acusação. Ele não tentou apagar fotos e não se negou a mostrar o celular, tanto que o entregou o aparelho à polícia”, diz Azevedo.

Em nota, o Metrô, administrado pela gestão Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou que Maggi foi “imediatamente afastado de suas funções” e que aguardará o resultado da perícia. “O Metrô tem colaborado com a investigação da polícia e aguarda a perícia do telefone celular para tomar as medidas administrativas cabíveis”.

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