Criado no bairro do Paraíso, em São Paulo, o menino que passava os dias brincando de carrinho de rolimã teve uma mudança em seu destino aos nove anos, quando o pai fundou uma fábrica de artigos de couro.
Com a criação da Lazco —abreviação de Lazzaro Couros—, passou a ser o herdeiro de um promissor negócio.
Foi estudar nos Estados Unidos ainda jovem e, depois de sete anos, aos 22, "Charlie" retornou ao Brasil para trabalhar na empresa do pai. Assumiria a fábrica em dez anos.
Das características "italianas" que carregava, trazia também a paixão pelo automobilismo. Do rolimã da infância, foi ao kart na juventude. Na vida adulta, além de assistir à Fórmula 1 aos domingos, tornou-se um patrocinador do esporte.
Destacou-se também em entidades da indústria como o Fiesp e o Senai, onde era o conselheiro mais antigo e auxiliou na criação da escola de artefatos de couro.
Nos últimos quatro anos, viveu o sonho de morar no que até então era a casa de veraneio da família, em Lauro de Freitas, na região metropolitana de Salvador.
Doris, sua mulher por 55 anos, diz que seu fiel companheiro teve uma vida honrada e que deixou bom exemplo aos filhos e netas.
Seu filho, também Carlos como o pai e avô, é o atual administrador da Lazco.
Morreu no dia 30 de janeiro, aos 83, após um infarto. Deixa a esposa Doris, os filhos Elizabeth, Adriana e Carlos, uma irmã e três netas.
Às 10h desta segunda-feira (5), uma missa celebra a sua memória em São Paulo (leia na seção de anúncios de missas abaixo).
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