Uma mulher e dois de seus três filhos morreram após serem atropelados por um BMW, na região do Capão Redondo, zona sul de São Paulo, por volta das 19h, desta sexta-feira (29). Uma terceira criança está internada em estado grave.
Cristina Solange Coelho, 43, e seus três filhos, dois deles gêmeos de 9 anos e o outro de 1 ano, atravessavam por volta das 19h a faixa de pedestre da avenida Carlos Caldeira Filho, em frente ao terminal Capelinha, quando foram atingidos pelo BMW do comerciante Mohamed Zoghbi, 33.
Segundo testemunhas, o carro era conduzido por ele em alta velocidade. No local, há uma grande marca de frenagem, apontando que motorista tentou brecar, mas não conseguiu.
De acordo com a polícia paulista, o motorista fugiu do local do acidente sem tentar prestar socorro às vítimas, mas foi perseguido por testemunhas que o interceptaram e o levaram até os policiais.
Com o impacto da batida, segundo testemunhas, a criança de um ano chegou a ser lançada a mais de três metros de altura, caindo atrás de um muro da avenida Carlos Caldeira Filho, perto dos trilhos da linha 5-lilás do metrô. O asfalto ficou com marcas de pneu no local do atropelamento.
A mulher e um de seus filhos mais velhos morreram na hora. O bebê chegou a ser socorrido e levado ao pronto-socorro do Campo Limpo, mas acabou não resistindo aos ferimentos. A outra criança de 9 anos foi transferida para o Hospital das Clínicas. Seu quadro é estável, mas não há previsão de alta.
A Polícia Civil informou que vai investigar se o semáforo estava funcionando no momento do acidente. Segundo a polícia, o condutor do BMW não apresentava sinais de embriaguez ao volante.
O motorista foi preso e levado ao 89º DP (Portal do Morumbi), onde foi autuado por homicídio culposo e lesão corporal culposa na direção do veículo. A Justiça de São Paulo converteu em prisão preventiva o flagrante.
Com isso, Zoghbi fica preso por tempo indeterminado e, se tiver outra ordem judicial, deve ficar assim até o julgamento.
O BMW foi apreendido porque, segundo a polícia, havia determinação para bloqueio judicial, além de ter irregularidades administrativas.
Morador da região, o borracheiro Pedro Lima, 30 anos, afirmou que a avenida onde ocorreu o atropelamento é usada, nas madrugadas, para a realização de rachas. “Achei estranho terem atropelado a família no início da noite. O povo que corre faz isso, geralmente, de madrugada”, disse.
A polícia não informou qual advogado acompanha o comerciante em sua defesa.
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