Membros de acampamento pró-Lula relatam tentativa de atropelamento e tiros

No dia 28 de abril, duas pessoas ficaram feridas após um ataque a tiros contra o acampamento

Ana Luiza Albuquerque
Curitiba

Membros do acampamento Marisa Letícia, localizado a cerca de 1 km da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba (PR), relataram que foram vítimas de uma tentativa de atropelamento e de disparo de arma de fogo na manhã desta terça-feira (26).

A organizadora Edna Dantas afirmou à Folha que, por volta das 10h25, um homem tentou atropelar um grupo de militantes, deixou o local e retornou portando uma arma. Ela disse que o acampamento é alvo de ataques de "grupos fascistas" com frequência por defender o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo Edna, o boletim de ocorrência deve ser registrado nesta quarta (27).

A PM (Polícia Militar) informou que realizou um atendimento inicial no local e que entregou um número de protocolo aos envolvidos. Segundo a corporação, houve uma ligação ao número 190, relatando tiros no acampamento. Chegando lá, os agentes não encontraram o autor ou indícios do crime.

Em nota, a Secretaria de Segurança do Paraná disse que foi instaurado um inquérito policial no 4° Distrito Policial para apurar o caso. Segundo o órgão, equipes estão nas ruas para identificar o suspeito, e as vítimas serão ouvidas na delegacia.

Nas redes sociais do acampamento, integrantes relataram ameaças por parte do motorista, que os teria xingado de vagabundos e prometido matá-los. 

Em nota, a organização da vigília Lula Livre repudiou as supostas tentativas de atropelamento e disparos. "Nos solidarizamos e exigimos a apuração por parte das autoridades e responsabilização dos culpados."

A Secretaria de Segurança do Paraná ainda não retornou contato da reportagem.

SEM RESPOSTA

No dia 28 de abril, duas pessoas ficaram feridas após um ataque a tiros contra o acampamento. Jefferson Lima de Menezes, 38, chegou a ficar internado na UTI, mas conseguiu se recuperar e teve alta.

Os culpados ainda não foram identificados. Segundo a Secretaria de Segurança, testemunhas estão sendo ouvidas e a polícia aguarda resultados de laudos periciais.

Em março, um ônibus da caravana do ex-presidente Lula foi atingido por dois tiros no Paraná. A investigação também não conseguiu, até agora, identificar os responsáveis.

De acordo com a secretaria, a Polícia Civil aguarda devolução de cartas precatórias encaminhadas a outros estados para dar prosseguimento à investigação.

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