Funcionária do Ministério dos Direitos Humanos é morta pelo ex-marido

Janaína Romão, 30, foi esfaqueada na tarde de sábado (14), em Santa Maria, no Distrito Federal

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Brasília

Uma funcionária terceirizada do Ministério dos Direitos Humanos, Janaína Romão Lúcio, 30, foi assassinada a facadas no início da noite deste sábado (14) em Santa Maria, cidade satélite localizada a cerca de 26 km do centro de Brasília. A Polícia Civil do Distrito Federal trata o crime como feminicídio e faz buscas para localizar o suspeito do crime, o ex-marido de​ Janaína, cujo nome não foi divulgado. ​

Retrato de Janaína Romão, 30 anos, morta a facadas pelo ex-marido; ela é loira, com olhos claros
Janaína Romão Lúcio, 30, morta a facadas pelo ex-marido - Reprodução Facebook


Em nota, a Polícia Civil informou que Janaína já havia registrado duas ocorrências de violência doméstica contra o ex-marido, identificado apenas pelas iniciais S.J.S.A., 21. Segundo a polícia, ele "pode ser considerado perigoso por conta de diversos antecedentes criminais".

Janaína estava separada de S. e, por volta das 18h00 do sábado, foi buscar as duas filhas do casal, com menos de cinco anos de idade, "que estavam passando o final de semana com o pai", segundo a polícia. Uma testemunha disse aos investigadores ter presenciado o momento em que o homem discutiu com a ex-mulher "por ciúmes". O homem deu cinco facadas em Janaína, nas costas e no peito e, após o crime, saiu correndo na rua "descalço e sem camisa", segundo a polícia.

A mulher chegou a ser socorrida por uma ambulância da Samu e submetida a uma cirurgia no Hospital Regional de Samambaia, mas morreu em seguida. No perfil de Janaína em uma rede social no último dia 30, o suspeito postou uma ameaça contra ela, reclamando de suposta dificuldade de acesso às filhas e que isso "vai dar ruim".

No Ministério dos Direitos Humanos, Janaína era colaboradora da Secretaria Nacional de Cidadania, ligada à coordenação-geral dos Direitos da População em Situação de Rua, que avalia e monitora as ações dos ministérios acerca da população em situação de rua e também coordena as ações e medidas governamentais na área. Em sua página em rede social, Janaína compartilhava notícias sobre moradores de rua. Em nota neste domingo (15), o ministro dos Direitos Humanos, Gustavo Rocha, disse que "repudia com veemência a violência contra as mulheres e reforça a gravidade da situação".

Em nota, a Polícia Civil do Distrito Federal afirmou que a 33ª Delegacia de Polícia, em Santa Maria, abriu inquérito e "as investigações prosseguem no sentido de prender o acusado". A polícia não explicou as circunstâncias das ocorrências registradas por Janaína, que medidas foram tomadas após as denúncias  da mulher nem informou os antecedentes criminais do ex-marido. A Folha não conseguiu localizar familiares de Janaína neste domingo.

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