Ataques com faca e tiros matam dois nigerianos no centro de São Paulo

Polícia investiga possível ligação entre os crimes; ninguém foi preso

Galeria Presidente, localizada na  R. 24 de Maio, no centro de SP
Galeria Presidente, localizada na R. 24 de Maio, no centro de SP - Gabriel Cabral/Folhapress
 
Dhiego Maia
São Paulo

Dois nigerianos foram assassinados no centro da capital paulista, nesta quarta-feira (22), em ataques a faca e a tiros. Segundo a Secretaria da Segurança Pública, os crimes ocorreram em situações distintas.

O primeiro africano morreu esfaqueado por volta das 15h ao se envolver em uma briga em frente a um bar no quarto andar da galeria Presidente, localizada na rua 24 de maio, na República.

A vítima, que ainda não foi identificada, foi resgatada por quatro pessoas, mas morreu no térreo do prédio. De acordo com relatos de testemunhas, o africano apresentava ferimentos graves no peito.

O segundo assassinato ocorreu por volta das 21h. Emmanuel Chizoba Ikudike, 34, foi atingido por vários tiros na rua Aurora, também na República.

Segundo o boletim de ocorrência, testemunhas disseram à polícia que Emmanuel andava na rua quando foi cercado por suspeitos que atiraram diversas vezes contra ele. Os criminosos fugiram em um carro verde.

No local do crime, a polícia encontrou uma dezena de cápsulas .45. Emmanuel foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros e levado ainda com vida ao Pronto-Socorro da Santa Casa de Misericórdia.

Em estado gravíssimo, Emmanuel não resistiu aos ferimentos na cabeça e em outras partes de seu corpo e morreu. A mulher da vítima confirmou na madrugada desta quinta-feira (23) o falecimento do marido no 2º DP (Bom Retiro), onde a ocorrência foi registrada.

A Polícia Civil abriu inquérito para investigar uma possível ligação entre os dois crimes. Até esta publicação, nenhum suspeito havia sido preso.

REPÚBLICA

A República, no coração do centro de São Paulo, concentra uma gama de imigrantes africanos oriundos de países como Senegal, Moçambique, Nigéria, Angola, Camarões e Congo.

Todos eles vieram ao Brasil em busca de melhores condições de vida e liberdade. A galeria Presidente, onde um dos nigerianos morreu, tem vários salões de beleza administrados por africanos especializados em cabelo afro.

A comunidade também impulsionou a gastronomia na região, com a abertura de casas que servem pratos típicos do continente africano.

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